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INGLATERRA ABRE LOBBY PARA SEDIAR A COPA DE 2018

A Inglaterra, que foi derrotada para a Rússia no processo de escolha para a sede da Copa de 2018, não esconde a euforia com a queda de Sepp Blatter do comando da Fifa.

 

O motivo é simples: fanáticos por futebol, os ingleses, que sediaram o Mundial de 1966, esperam repetir a dose em 2018.

 

Nesta quarta-feira, praticamente todos os jornais britânicos especulam sobre a possibilidade de que o torneio seja cancelado na Rússia e acabe migrando para outro pais.

 

Isso porque a investigação do FBI, a polícia federal americana, tem como ponto central a compra de votos na escolha das sedes.

 

Hoje, o foco maior diz respeito ao Mundial da África do Sul, cujas autoridades teriam autorizado a transferência de US$ 10 milhões para a Concacaf, a confederação da América Central.

 

Caso se confirme a compra de votos, podem ser colocados em xeque os mundiais de 2018 e 2022, previstos para Rússia e Catar, que também foram decididos na gestão Blatter.

 

Logo após as prisões de dirigentes da Fifa, o premiê russo, Vladimir Putin, acusou os Estados Unidos de agir nos bastidores para evitar a realização do Mundial em seu país, por razões geopolíticas.

 

Desde a anexação da Crimeia e o conflito na Ucrânia, a Rússia vem sendo alijada de foros internacionais pelo Ocidente.

 

Depois de eleito, mas antes de renunciar, Blatter também acusou as autoridades americanas e afirmou que nada estaria acontecendo se a Inglaterra tivesse sido escolhida para a Copa de 2018 e os EUA para a de 2022.

 

Um dia depois, ele renunciou quando soube que também faz parte da lista de investigados pelo FBI.

 

Brasil de novo?

 

Em editorial publicado nesta quarta-feira, o jornal The Independent, um dos mais importantes do Reino Unido, argumenta que a Inglaterra é hoje um dos poucos países capazes de organizar, em regime de urgência, um mundial, pelo fato de já possuir várias arenas renovadas (leia mais aqui).

 

Já o jornal russo Pravda, ao cobrir o caso, coloca em dúvida a realização da Copa de 2018 no país.

 

O pedido para o boicote à Rússia já foi feito por vários senadores americanos, incluindo John McCain, que concorreu à presidência pelo partido republicano.

 

Países da Uefa, a confederação europeia, ameaçavam também boicotar o Mundial, caso Blatter não renunciasse. Portanto, de certa forma, sua saída do cargo pode até ter sido positiva para os planos de Moscou.

 

No entanto, os interesses geopolíticos dos Estados Unidos não podem ser subestimados.

 

E ainda haverá muita pressão contra a escolha da Rússia. Neste caso, a depender de quem seja escolhido como novo presidente da Fifa, até o Brasil pode ser beneficiado, por já contar com toda a infraestrutura pronta para uma nova Copa.

 

Fonte: Reuters/247

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