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Irã acusa EUA de violarem acordo nuclear com novas sanções

País se queixou a queixou a um organismo que supervisiona a implantação do pacto. Acordo prevê que Irã reduza atividades nucleares em troca de suspensão das sanções.

O Irã acredita que as novas sanções que os Estados Unidos lhe impuseram violam o acordo nuclear que firmou em 2015 e se queixou a um organismo que supervisiona a implantação do pacto, disse um político de alto escalão nesta terça-feira.

“O organismo de supervisão iraniano do JCPOA avaliou as novas sanções dos EUA e decidiu que elas contradizem partes do acordo nuclear”, disse Ali Larijani, presidente do Parlamento do Irã, segundo a agência de notícias Tasnim.

“O Irã se queixou à Comissão (do JCPOA) pela violação do acordo por parte da América”, acrescentou, referindo-se à comissão conjunta criada pelas seis potências mundiais, o Irã e a União Europeia para lidar com quaisquer queixas sobre a implantação do entendimento.

Conforme o Plano de Ação Conjunta Abrangente (JCPOA, na sigla em inglês), assinado por EUA, Rússia, China e três potências europeias, o Irã reduziu suas atividades nucleares em troca da suspensão da maioria das sanções.

Mas o Tesouro dos EUA impôs sanções a seis grandes empresas iranianas no final de julho devido ao seu papel no desenvolvimento de um programa de mísseis balísticos depois que Teerã lançou um foguete capaz de colocar um satélite em órbita.

No mesmo dia o Senado norte-americano votou pela imposição de novas sanções ao Irã, à Rússia e à Coreia do Norte. As punições do projeto de lei em questão visam os programas de mísseis iranianos, além dos abusos de direitos humanos.

Se a comissão do JCPOA não for capaz de resolver uma disputa, as partes podem levar suas reclamações ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente dos EUA, Donald Trump, que classificou o pacto negociado por seu antecessor, Barack Obama, como “o pior acordo da história”, disse ao Irã na semana passada para aderir aos termos do acordo nuclear ou enfrentar “grandes, grandes problemas”.

 

Por Reuters

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