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Maioria de suspeitos de ataques em Colônia, na Alemanha, é estrangeira

Ataques em Colônia

Quase todos os suspeitos de cometerem atos de violência na noite do réveillon em Colônia, na Alemanha, eram de origem estrangeira, sobretudo requerentes de asilo chegados recentemente ao país, revelou hoje (11) o governo alemão.

Segundo o ministro do Interior do Estado da Renânia do Norte-Vestefália, Ralf Jager, tanto as declarações das testemunhas como os relatórios da polícia local e as descrições da polícia federal indicam que os suspeitos dos crimes “são quase exclusivamente imigrantes”.

“Existem muitos elementos que indicam que se tratam de pessoas originárias da África do Norte e do mundo árabe. No atual estado das investigações, há também, entre os suspeitos, refugiados que chegaram à Alemanha no ano passado”, disse Jager, ao apresentar um primeiro relatório sobre os acontecimentos em Colônia, que motivaram mais de 500 queixas na polícia.

“Cerca de mil homens se reuniram na noite do dia 31 em frente à estação ferroviária de Colônia, entre eles, muitos refugiados”, sublinhou Jager.

Segundo o governante, os confrontos e as agressões, sobretudo sexual, foram cometidos antes de o local ter sido evacuado pela polícia. No entanto, a multidão acabou se reunindo em outro local, onde cometeram mais atos de violência.

Jager admitiu, porém, que a ação da polícia foi “inaceitável”, reconhecendo que as autoridades “só conseguiram entender a dimensão dos acontecimentos” na manhã de 1º de janeiro.

Na semana passada, o chefe de polícia de Colônia foi demitido, após o ocorrido.

Hoje, ao apresentar o relatório preliminar, Jager salientou a intenção de não estigmatizar os estrangeiros, já que isso, na sua opinião, serviria aos interesses da extrema-direita alemã.

“Estigmatizar um grupo da população como agressores sexuais é, não apenas um erro, mas também perigoso. É isso que pretende a extrema-direita”, disse ao salientar que não tem “qualquer importância” se os suspeitos das agressões têm passaporte árabe, africano ou alemão, se nasceram e viveram na Alemanha ou se acabaram de chegar ao país.

“Todos os homens são iguais perante a lei”, garantiu.

Reuters

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