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Menina americana vira ‘mini CEO’ ao criar material escolar para estudantes negras, cadeirantes e com vitiligo

Foto:BROWN GIRLS' STATIONARY

“Todas as crianças devem perseguir seus sonhos, inclusive se acreditam que a ideia de negócio não funcionará.”

Esse é o prmeiro conselho de Kamaria Warren, uma menina de 10 anos que dirige (com a supervisão da mãe) uma empresa que fabrica materiais escolares, entre outros produtos, para meninas negras.

Kamaria se define como a “mini CEO” da companhia Brown Girls’ Stationary e vende cadernos, cartões, mochilas, guarda-chuvas e cortinas de banhos, entre outros itens, com a imagem impressa de meninas negras que ela mesma desenha.

Também cria objetos para meninas com vitiligo (doença de pele caracterizada pelo surgimento de manchas brancas) ou em cadeiras de rodas, com o propósito de que se sintam identificadas com os produtos.

Cadernos com capas com desenhis de meninas negrasDireito de imagemBROWN GIRLS’ STATIONARY
Kamaria quer contemplar meninas que normalmente não são representadas em produtos de grandes marcas
Mochila, guarda-chuva, cortina de banho.Direito de imagemBROWN GIRLS’ STATIONARY
Mochilas, guarda-chuvas e outros acessórios são alguns dos produtos vendidos por Kamaria

Crescimento

A empresa nasceu em 2015 porque Kamaria não se sentia representada pelas marcas que via na TV.

“Comecei meu negócio com minha mãe porque queria criar produtos com que outras meninas negras pudessem se relacionar”, ela diz.

Os preços dos produtos não ultrapassam US$ 40 (R$ 156).

Os cadernos custam US$ 6 (R$ 23) em média, os guarda-chuvas US$ 30 (R$ 117) e as mochilas, US$ 37,50 .

“Nos últimos três anos, ganhamos mais de US$ 10 mil (R$ 39 mil) e desde o ano passado alcançamos mais de US$ 2,5 mil (R$ 9,75 mil) em vendas”, diz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Shaunice Sasser, mãe de Kamaria.

“Nosso objetivo é duplicar isso no segundo trimestre do ano”, ela afirma.

Os pedidos não vêm só dos EUA, mas também de países distintos como Canadá, Alemanha e Austrália, entre outros.

“Adoramos enviar encomendas para todas as partes”, diz Sasser.

A partir de sua casa na cidade de Atlanta, Kamaria se encarrega dos desenhos das meninas representadas em cada um dos produtos, e sua mãe os envia a um ilustrador.

As vendas são feitas na internet por meio do site da Brown Girls’ Stationary. Para atrair clientes, a empresa faz propaganda em diferentes mídias sociais e eventos.

Após o crescimento do negócio, Kamaria foi chamada por várias escolas para falar e inspirar outras crianças sobre a importância do espírito empresarial.

“Preste atenção na escola, porque todas as coisas que aprender ali poderão ser usadas em seu negócio”, ela disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

 

BBC

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