Ministros das Relações Exteriores de Rússia e Alemanha têm encontro nesta terça-feira (18) para discutir futuro das relações entre os países.
A Rússia está interessada em ter relações mais construtivas com o novo governo alemão e em superar os problemas que se acumularam, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta terça-feira (18).
É claro que gostaríamos que as relações russo-alemãs fossem mais construtivas, de maneira a superar os problemas acumulados com todos os membros do novo governo.
Estamos sempre interessados em ter boas relações com a Alemanha, nos princípios de respeito mútuo, igualdade, levando em conta os interesses dos dois lados, disse Lavrov antes do primeiro encontro com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, em Moscou.
As relações com a Rússia são importantes para o novo governo da Alemanha, disse por sua vez a ministra das Relações Exteriores alemã, acrescentando que não existem alternativas a bons laços.
Durante minha visita, gostaria de enfatizar a importância do relacionamento com a Rússia para o novo governo federal e para mim, pessoalmente.
Não há alternativa aos laços bons e estáveis entre Moscou e Berlim. Gostaria de continuar trabalhando nesta tarefa. E aqui, falo em nome de todo o governo federal”, disse Baerbock antes de seu encontro com o chanceler russo.
Virando a página?
Nos últimos anos, o histórico das relações entre Berlim e Moscou tem sido marcado por tensões políticas, com casos de espionagem e embargos econômicos.
O Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), segunda linha de gasoduto com uma capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano conectando a costa russa através do fundo do mar Báltico e a costa alemã, embora ainda não tenha entrado em funcionamento, tem sido alvo de duras críticas por parte de parlamentares alemães.
Para eles, a exploração do gasoduto aumenta a dependência da União Europeia com Moscou.
O novo status de negociações entre os países sugere uma mudança de postura de Berlim marcada, até então, por uma resistência em estabelecer relações de parceria com a Rússia especialmente em face à crise geopolítica envolvendo a Ucrânia.
Reuters
