Aliados de Kiev esperavam que seu apoio combinado se equiparasse à Rússia em volume e que a Ucrânia tivesse vantagem graças aos padrões de projéteis e armas ocidentais, mas não é isso que vem acontecendo, relata agência norte-americana.
A União Europeia (UE) ainda não foi capaz de realizar pelo menos metade da entrega planejada de munições ao país do Leste Europeu, e o atraso concede potencialmente às forças russas uma vantagem no fornecimento de munições, escreve a Bloomberg.
O bloco europeu comprometeu-se a fornecer munições a Kiev durante um período de 12 meses, primeiro recorrendo aos estoques já existentes e depois através de contratos de aquisição conjunta, ao mesmo tempo que tenta promover a capacidade industrial da Europa.
Cerca de uma dúzia de países, incluindo as nações bálticas, a Alemanha, os Países Baixos e a Polônia, forneceram ou pretendem entregar coletivamente cerca de 300 mil a 400 mil cartuchos de munições, principalmente através da iniciativa da UE.
Porém, passado mais de metade desse tempo, a iniciativa atingiu até agora cerca de 30% do objetivo e, com base no volume de contratos assinados até a data, corre o risco de não alcançar a meta, diz a agência.
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A mídia acrescenta que vários Estados-membros da UE solicitaram privadamente ao bloco europeu que prorrogasse o prazo, enquanto os Estados Unidos o instaram a intensificar os seus esforços.
Ao mesmo tempo, o preço das munições aumentou desde o lançamento da iniciativa, o que significa que o orçamento atual pode não ser suficientemente grande para cumprir os seus objetivos, disse uma das pessoas familiarizadas com o tema, ouvida pela mídia.
Além disso, alguns países diminuíram ou pararam de vez o envio de ajuda militar a Kiev, como a Eslováquia, que informou hoje (26) o corte em seu orçamento para a Ucrânia, conforme anunciado pelo recém-eleito primeiro-ministro, Robert Fico, segundo a Euronews.
“O apoio da Eslováquia passará a ser apenas da ordem da ajuda humanitária e civil”, afirmou o premiê.
Com a contraofensiva ucraniana registrando progressos limitados e os aliados se preparando para um longo conflito, o fornecimento de munições prometido pela UE é fundamental para ajudar a Ucrânia a acompanhar o ritmo da produção da Rússia, escreve a Bloomberg.
Sputnik