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Petróleo está artificialmente muito alto e isso não será aceito, diz Trump

Petróleo está artificialmente muito alto e isso não será aceito, diz Trump

 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), realizada nesta sexta-feira na Arábia Saudita. Na avaliação de Trump, os preços do petróleo estão “artificialmente muito altos”, o que ele diz que não pretende aceitar.

“Parece que a Opep está aprontando de novo. Com quantidades recordes de petróleo por toda parte, incluindo navios lotados no mar, os preços do petróleo estão artificialmente muito altos! Isso não é bom e não será aceito!”, escreveu Trump, em sua conta oficial no Twitter.

“Com quantidades recorde de petróleo por todo lugar, incluindo os navios totalmente carregados no mar, os preços do petróleo estão artificialmente Muito Altos! Não é bom e não será aceito!”, acrescentou o presidente americano.

Os preços do petróleo WTI, o de referência nos EUA, chegaram nesta semana a US$ 69 por barril, o nível mais alto em três anos; enquanto o Brent, de referência na Europa, superou os US$ 73, um número não visto desde o final de 2014.

Trump se referia ao acordo da Opep para reduzir a produção, ao qual se somaram outros produtores não membros, como a Rússia, e que está em vigor desde o início de 2017 com o objetivo de elevar os preços.
O acordo está previsto para durar até o final deste ano, mas a Arábia Saudita, o maior produtor mundial, já indicou que pode se estender a 2019.

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Barkindo, rebateu Trump dizendo que integrantes do grupo de produtores de petróleo são amigos dos Estados Unidos e têm interesse em seu crescimento e prosperidade.
“A Declaração de Cooperação assinada por 24 países produtores em dezembro de 2016 e implementada com fidelidade desde 2017 não só impediu o declínio (de preços), mas resgatou a indústria petrolífera do colapso iminente”, disse Barkindo.

Os preços do petróleo recuavam nesta sexta-feira, mas caminhavam para a segunda semana consecutiva de ganhos, sustentados pelo aperto do fornecimento e contínuo apoio da Opep e seus aliados na redução da oferta.
O petróleo Brent recuava US$ 0,51, ou 0,69%, a US$ 73,27 por barril, às 9h12 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía US$ 0,46, ou 0,67%, a US$ 67,83 por barril.
Na sessão anterior, tanto o Brent quanto o petróleo dos EUA atingiram os níveis mais altos desde novembro de 2014, a US$ 74,75 e US$ 69,56 por barril, respectivamente.
O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Khalid al Falih, disse que a Opep e seus aliados ainda estão longe de atingir sua meta e que uma redução nos estoques de petróleo deve continuar.
O ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, disse a seus parceiros integrantes ou não da Opep, em uma reunião a portas fechadas na cidade saudita de Jeddah nesta sexta-feira, que Moscou estava comprometida com um corte no fornecimento de petróleo até o final de 2018, segundo a Reuters.
A agência russa de notícias TASS citou Novak dizendo que os países integrantes da Opep e não membros podem reduzir os cortes de produção de petróleo já neste ano. Além da gestão de suprimentos da Opep, os preços do petróleo também foram apoiados pela expectativa de que os Estados Unidos aplicarão novas sanções contra o Irã.

EFE

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