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Plano de contra-ataque ao Irã é proposto a Trump.

© AP Photo / Alex Brandon

Líderes militares americanos forneceram ao presidente dos EUA um plano de ataque a instalações petrolíferas do Irã em resposta ao suposto envolvimento de Teerã nos ataques a refinarias sauditas, informou mídia.

Durante uma reunião de segurança nacional, realizada na segunda-feira (16), os representantes militares americanos expuseram ao líder norte-americano, Donald Trump, uma estratégia com várias ações retaliatórias, incluindo ataques físicos e cibernéticos, comunicou a NBC News, citando funcionários dos EUA conhecedores da reunião.

De acordo com o Politico, citando fontes próximas a Trump, o presidente americano é contra atacar Teerã, porque ele quer cumprir sua promessa de campanha de manter Washington fora de qualquer novo conflito estrangeiro, além de estar preocupado que uma guerra com o Irã possa ter consequências econômicas.

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Joseph Dunford, comunicou a repórteres na terça-feira (17) que o Comando Central dos EUA enviou peritos forenses para ajudar a Arábia Saudita a avaliar o ataque.

Autorização do Congresso

Posteriormente, o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara americana, Eliot Engel, informou em uma declaração que o presidente dos EUA precisa de um voto de autorização do Congresso antes de lançar qualquer ataque ao Irã em retaliação aos recentes ataques a refinarias sauditas.

Para Engel, a falta de estratégia da administração Trump gerou escalada e confusão no Oriente Médio.

O senador democrata americano Tim Kaine declarou à MSNBC que ele iria apresentar uma resolução dos poderes de guerra para forçar uma votação imediata para impedir qualquer ação militar não autorizada contra Teerã.

Instalações da Aramco em chamas após ataques na Arábia Saudita
© REUTERS / HAMAD I MOHAMMED / Instalações da Aramco em chamas após ataques na Arábia Saudita
Enquanto que o senador Dick Durbin disse que Washington não possui um tratado de segurança com Riad e, por isso, não tem compromisso de defendê-la, mesmo que as evidências revelem que o país foi atacado pelo Irã.

Ataque a refinarias sauditas

Em 14 de setembro, duas refinarias da petroleira Saudi Aramco foram atingidas por drones e incendiadas. O incidente levou a um corte na produção de petróleo num total de 5,7 milhões de barris por dia – cerca de metade da produção diária de petróleo da Arábia Saudita. O encerramento das instalações petrolíferas provocou um aumento dos preços do petróleo em todo o mundo.

O movimento iemenita Houthis se responsabilizou pelo ataque. Os Estados Unidos, entretanto, atribuíram a culpa ao Irã, enquanto este nega as acusações.

Sputnik

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