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Polícia de Hong Kong prende 12 pessoas após protestos

Pichação no Parlamento de Hong Kong diz que o território "não é a China" - Anthony Wallace/AFP

 Pelo menos 12 pessoas foram presas pela polícia de Hong Kong acusadas de envolvimento nos protestos da última segunda-feira (1º), quando o Parlamento foi invadido por manifestantes pró-democracia.

Entre os detidos, estão 11 homens e uma mulher, com idades que variam de 14 a 36 anos. Segundo o jornal The New York Times, as acusações vão de posse de armas a associação ilegal e ataque a um policial.

Os protestos aconteceram na data que marca a celebração do 22º aniversário do retorno da antiga colônia britânica ao poder chinês.

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, condenou a invasão “extremamente violenta” ao Parlamento e pediu que a população “volte à calma o mais rapidamente possível”.

Segundo o acordo de devolução com Londres, Pequim se comprometeu a respeitar a democracia no território, que possui um sistema legal próprio e certa autonomia política -um arranjo conhecido como “um país, dois sistemas”.

Nos últimos anos, porém, a ditadura do Partido Comunista vem tentando aumentar seu poder sobre o território, levando a oposição pró-democracia a organizar grandes manifestações.

A situação piorou no início de junho, quando o governo de Hong Kong -apoiado por Pequim- apresentou um projeto de lei de extradição que abriria a possibilidade de suspeitos serem enviados à China continental para serem julgados.

Protestos convocados por ativistas pró-democracia contra a nova lei reuniram milhares de pessoas e acabaram obrigando o governo a suspender temporariamente o projeto.

As manifestações, porém, continuaram e passaram a mirar Lam, considerada uma aliada da China.

A chefe-executiva de governo de Hong Kong, porém, se nega a renunciar apesar da onda de protestos, também vista como um desafio ao líder da ditadura chinesa, Xi Jinping.

FolhaPress SNG

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