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Queda em bolsa dos EUA derruba mercados da Europa e da Ásia

Tóquio recuou 4,73%. Maioria das bolsas europeias também iniciou o dia em queda acima de 4%. Na véspera, Bolsa de NY fechou com a maior retração diária desde agosto de 2011.

Contaminadas pela retração de segunda-feira (5) da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos, as bolsas asiáticas também encerraram em baixa nesta terça (6). As bolsas europeias segume a mesma tendência e operam em baixa na manhã desta terça-feira (6).

Os mercados financeiros reagem a uma eventual alta dos juros nos EUA, que afetaria negativamente as bolsas de valores.

O índice Nikkei de Tóquio fechou em queda de 4,73%, aos 21.610,24 pontos. Foi a maior baixa desde novembro de 2016. O Topix, segundo principal indicador, caiu 4,4%, no mesmo momento, para 1.743,41 pontos.

Os principais índices acionários da China registraram forte queda, com o índice de Xangai registrando a maior perda em quase dois anos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 2,94%, enquanto o índice de Xangai caiu 3,38%, a maior queda diária desde fevereiro de 2016.

“Vemos poucas chances de mais correção acentuada no mercado de ações, mas por enquanto os investidores devem ficar cautelosos com os produtores de bebidas e aparelhos domésticos que subiram com força em 2017”, disse Yan Kaiwen, analista do China Fortune Securities.

“A queda em Wall Street pode ter impacto limitado no mercado acionário (da Ásia), a menos que haja uma quebra do mercado de ações nos EUA”, completou Yan.

Algumas empresas chinesas suspenderam as negociações de suas ações para evitarem chamada de margem, com os investidores também assustados com a repressão intensa da China ao sistema bancário sem regulação.

Bolsas Europeias

Os principais índices acionários europeus chegaram a cair para o menor nível desde agosto de 2017 diante da onda de vendas generalizadas globais e da volatilidade do mercado, que aumentou.

Nesta manhã, a maioria das bolsas europeias iniciou o dia em queda. A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa de 3,44 %. O índice Stoxx 600, que representa ações de companhias de 17 países do bloco, também recuava: 2,8%. O índice DAX, que concentra ações alemãs, caía 3,6%, a maior baixa intradia desde junho de 2016. Na Rússia, a bolsa tinha baixa de 2,1%, a maior desde julho.

A bolsa de Madri (Ibex-35) recuava 2,53%, a de Paris (CAC-40), abriu em baixa de 3,05% e a de Frankfurt (DAX-30), em queda de 3,3%.

“As movimentações dos preços são claramente direcionadas por fatores técnicos, ligados ao brutal despertar da volatilidade acionária”, disse o chefe de gerenciamento de ativos da JCI Capital Ltd Alessandro Balsotti. “Estamos sem dúvida em águas não navegadas.”

Estados Unidos

Os futuros dos principais índices acionários dos Estados Unidos indicavam uma recuperação para Wall Street nesta terça-feira, após a queda perder força na Europa e apagar as apostas asiáticas de mais perdas.

Os futuros do Dow Jones e do S&P 500 subiam 0,6% e 1,3% respectivamente no horário do pregão europeu, tendo perdido até 3% durante a sessão asiática.

Os futuros passaram a subir depois de os mercados acionários europeus terem reduzido as perdas, com o índice pan-europeu STOXX 600 em queda de 1,6% às 7h43 (horário de Brasília), após ter chegado a cair mais de 3% na abertura.

As ações norte-americanas despencaram na segunda-feira com tanto o S&P 500 quanto o Dow caindo mais de 4%.

O Dow registrou o maior declínio diário na história com uma queda de quase 1.600 pontos e Wall Street devolveu os ganhos do ano.

Por G1

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