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Rússia descarta possível uso de armas nucleares na Ucrânia: usamos só armas convencionais

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Respondendo a uma questão se a Rússia vai usar armas nucleares na Ucrânia, em entrevista ao canal de TV India Today, o chanceler Sergei Lavrov disse: “Apenas armas convencionais”.

Após as negociações em Istambul, a Rússia mudou a configuração de suas tropas na Ucrânia como gesto de boa vontade, mas isso não foi apreciado devidamente, afirmou o chefe da chancelaria russa.

“Nós simplesmente mudamos a configuração de nossa presença militar na Ucrânia, isso foi anunciado logo após a reunião em Istambul. Nós dissemos que, uma vez que acreditámos no fato de eles terem apresentado o que pode ser a base de um acordo, que iríamos mudar, como gesto de boa vontade, a configuração nas regiões de Chernigov e Kiev; porém, sabem, isso não foi apreciado, em vez disso ocorreu de imediato a encenação em Bucha.”

O alto diplomata ressaltou ainda que Moscou não pretende mudar o regime na Ucrânia: “Queremos que os próprios ucranianos decidam como querem viver”, declarou.
Sergei Lavrov reiterou que a operação especial russa visa a liberação das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e revelou que agora está começando uma nova etapa.
Quanto à questão das sanções, ele constatou que Moscou resolveu todos os problemas ligados às restrições ocidentais e à sua dependência dos países do Ocidente em vários domínios, estando aberta à cooperação com todos os Estados que não se juntaram às sanções.

Chegamos a uma conclusão inequívoca: não podemos confiar nos nossos colegas ocidentais em nenhum domínio que tenha importância estratégica, seja a segurança alimentar (essa nós próprios mantemos), seja a indústria de defesa ou outros domínios onde se desenvolvem as tecnologias avançadas. Não tivemos tempo para conseguir a autossuficiência em todas essas áreas, mas na maior parte resolvemos esse problema”, disse Lavrov.

A decisão russa de receber os pagamentos pelo gás fornecido aos países ocidentais em rublos não contradiz os contratos existentes, ressalta ainda o ministro do Exterior. De acordo com ele, a medida será uma garantia de que “o roubo” de ativos russos não acontecerá nunca mais.

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