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Sete anos de prisão para o libanês do cartel de Medellín

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O empresário Mohamad Noureddine, um personagem-chave de uma rede de libaneses que lavou dinheiro do cartel de Medellín, foi condenado na França na quarta-feira (28) a sete anos de prisão e a pagar uma multa de 500 mil euros.

Noureddine, um especialista em comércio imobiliário e de joias, foi condenado por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e associação criminosa.

A outra figura central deste caso conhecido na França como “Conexão libanesa”, Abbas Nasser, foi condenada a 10 anos de cárcere à revelia. A Justiça emitiu um mandado de prisão contra ele.

Outros 12 envolvidos na rede que usavam carros de luxo, relógios colecionáveis e um sistema de pagamento de contas como o usado na Idade Média para lavar dezenas de milhões de euros do cartel de Medellín, foram condenados a penas de dois a nove anos de prisão.

Este caso desembarcou nos tribunais franceses graças ao trabalho de investigação da agência antinarcóticos dos Estados Unidos, a DEA, que seguiu desde 2012 essa rede que se espalhou por toda América Latina, Oriente Médio e Europa.

De acordo com a investigação, para lavar as fortunas acumuladas com a venda de cocaína na Europa, recorreu-se, entre outras ferramentas, ao antigo sistema de “halawa” (“mandato” em árabe).

Este era o método usado na Idade Média antes que os venezianos começassem a desenvolver sistemas bancários, e permitia o comércio nas rotas de seda e especiarias entre Europa e Extremo Oriente.

O método, que parecia ser algo do passado diante do sistema bancário internacional, da Internet, de computadores, ordens de pagamento e códigos SWIFT, é ressuscitado porque tem – para os traficantes – uma vantagem simples e devastadora: não deixa vestígios.

JB

 

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