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Um Incidente naval elevou tensão entre Rússia e Ucrânia

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A Rússia atacou e capturou três navios ucranianos na costa da Crimeia, região anexada por Moscou, neste domingo (25), iniciando uma crise na região.

O serviço federal de segurança russo (FSB) declarou que seus barcos de patrulha de fronteira capturaram os navios ucranianos no Mar Negro, perto do Estreito de Kerch, e usaram armas para forçá-los a parar a navegação.

Moscou acusou as embarcações de entrarem ilegalmente nas águas territoriais russas, ignorando os avisos das autoridades. Já a Marinha da Ucrânia nega que tenha feito qualquer coisa de errado.

Segundo Kiev, que garante que avisou a Rússia da passagem dos navios, foi um ato “não provocatório” e “mal-entendido”. Ao menos seis marinheiros ucranianos ficaram feridos no ataque.

“Depois de deixar a zona de 12 milhas, o FSB (serviço de segurança) da Federação Russa abriu fogo contra a flotilha pertencente às forças armadas da Ucrânia”, afirmou a Marinha em um comunicado.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, convocou para hoje uma reunião extraordinária no Parlamento para aprovar a adoção da lei marcial – quando uma autoridade militar toma o controle da administração, restringindo liberdades civis e dando mais poder às instituições. Mas Poroshenko garantiu que a adoção da lei marcial não significa “uma declaração de guerra”.

“A Ucrânia não tem intenção de declarar guerra a ninguém”, comentou o mandatário, definindo o incidente como “não provocatório e tolo”.

Durante a madrugada, a capital Kiev foi palco de protestos, com manifestantes colocando fogo em veículos diante da embaixada da Rússia, em sinal de descontentamento com Moscou.

A União Europeia (UE) disse que esperava que a Rússia restaurasse a liberdade de passagem no Estreito de Kerch. O bloco também pediu que os dois lados ajam com a máxima moderação para acalmar a situação.

Um tratado bilateral dá à Rússia e à Ucrânia o direito de usar o Mar de Azov, que é ligado ao Mar Negro pelo Estreito de Kerch. Porém, desde que a Rússia anexou a Crimeia, em 2014, a tensão aumentou e os dois países reclamam de perseguições de navios.

JB

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