No processo que responde no Conselho de Ética da Câmara por, entre outras acusações, reagir às provocações de um integrante do MBL que o ofendeu na Câmara dos Deputados, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) teve indeferidas as indicações de quatro testemunhas de defesa.
O indeferimento foi decidido pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do processo.
“Arthur Lira é o sujeito oculto dessa história, é ele que está jogando esse processo pra frente”, afirmou Glauber.
“As quatro testemunhas que foram cortadas pelo relator são exatamente aquelas que estão sofrendo algum tipo de perseguição, intimidação ou já sofreram durante a sua vida de silenciamento por parte do Lira”.
São elas: Eduardo Moreira (criador do ICL, que foi acionado na Justiça para tirar do ar notícia sobre o presidente da Câmara), Felipe Neto (que tem disputas com Lira na Justiça), Iara Lemos (jornalista que fez matérias de denúncia contra o deputado alagoano) e Jullyene Lins (ex-mulher de Lira que tem com ele várias brigas no Judiciário).
“Compulsando os autos, percebe-se que algumas das testemunhas arroladas não têm por objetivo esclarecer os fatos postos na representação, mas sim discutir matérias completamente alheias que não contribuem para a formação do convencimento do Colegiado a respeito da culpabilidade do Representado”, escreveu o relator.
Glauber: “Querem blindar Lira”
“Isso evidentemente cerceia o meu direito de defesa, porque eles querem blindar o Lira da exposição, como se não fosse ele quem estivesse manejando esse processo, quando de fato é”, rebate Glauber.
“Foram indeferidos depoimentos de pessoas que Lira tentou silenciar por motivos dos mais diversos. É exatamente o que ele está tentando fazer com o nosso mandato também”.
Glauber Braga, durante ato no Circo Voador (RJ)
Foi realizado na noite desta segunda-feira (25) o ato “Glauber Fica!”, no Circo Voador, no Rio de Janeiro, que teve a participação de vários políticos, entidades sindicais e representantes de diferentes setores da sociedade, com reivindicação pela manutenção do mandato de Glauber Braga e com críticas ao presidente da Câmara.