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Líder do partido de Bolsonaro diz que governo precisa explicar reestruturação da carreira militar

O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO) — Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputado

O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), afirmou nesta quinta-feira (21) que na opinião dele o governo precisa explicar a proposta de reestruturação da carreira militar.

Nesta quarta (20), o presidente Jair Bolsonaro entregou ao Congresso a proposta de reforma da aposentadoria dos militares. O texto também prevê a reestruturação.

Pelas estimativas do governo, a reforma pode gerar economia de R$ 97,3 bilhões em dez anos, enquanto a reestruturação, custo de R$ 86,6 bilhões no mesmo período, resultando em uma economia líquida de R$ 10,4 bilhões em dez anos.

“Quem tem que vir aqui na Casa [Câmara], trazer a proposta e dizer o que eles fizeram com essa reforma é o ministro da Economia, é o governo federal. E nós estamos esperando isso”, afirmou o deputado.

Para o líder do partido de Bolsonaro, divergências entre os parlamentares sobre o texto dos militares podem dificultar a escolha do relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência Social.

A PEC foi enviada em fevereiro e trata dos trabalhadores civis. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, depois seguirá para uma comissão especial e, por fim, irá ao plenário.

“Em razão, sem dúvida nenhuma, dessa reestruturação ter chegado sem os requisitos pré-acordados, com certeza dificulta que se aceite que qualquer parlamentar queira colocar sua digital nessa reforma da Previdência”, declarou o deputado.

De acordo com especulações a equipe econômica quer que o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) seja o relator.

‘Subordinação’

Segundo o líder do PSL, o Congresso é independente e não é “subordinado” ao ministro Paulo Guedes ou a Bolsonaro.

“Nós não vamos nos acovardar aqui. O Parlamento é uma casa independente e nós não somos subordinados ao ministro da Economia, ao presidente da República. Nós somos parlamentares independentes e nós temos que aqui cuidar primeiro do cidadão brasileiro, do nosso mandato. Nós somos fiscais do cidadão. Quem está nas redes sociais neste momento respondendo às provocações e os questionamentos é o parlamentar, não é o Executivo”, declarou.

Fernanda Vivas

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