O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e dez parlamentares discutiram o que consideram uma “escalada autoritária” de Jair Bolsonaro contra a imprensa, os governadores, o Congresso e outras representações da democracia.
Maia afirmou que a “linha dura” continua instalada no Palácio do Planalto, mas, de acordo com o parlamentar, o Congresso tocará as reformas tributária e administrativa, mesmo sem a iniciativa ou o apoio do Executivo. Os relatos sobre a insatisfação no meio político contra o ocupante do Planalto foram publicados no jornal O Estado de S.Paulo.
O ministro Gilmar Mendes reclamou da “bonomia” (bondade, falta de maldade, leniência) com que instituições e setores da sociedade convivem com as agressões de Bolsonaro. Ele defendeu o “fim dessa bonomia”.
Doria criticou Bolsonaro por manifestações que não contribuem com “a evolução da democracia”. Nesta quarta-feira (19), após encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cobrou de Bolsonaro “diálogo e entendimento”.
Nesta terça-feira (18), Bolsonaro insultou com insinuação sexual a jornalista Patricia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, por causa de reportagens sobre o disparo em massa de fake news no WhatsApp para favorecer o ocupante do Planalto. “Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]”.
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