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Maia orienta aliados que governo deve evitar especulações sobre votos para Previdência

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem dito a aliados que o governo deve evitar especulações sobre o número de votos favoráveis à reforma da Previdência Social.

Por se tratar de emenda à Constituição (PEC), a proposta precisa dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação, quando for analisada pelo plenário.

Rodrigo Maia repete a aliados que, quando o governo fala em número de votos, cria “pressão” e “expectativa” para que a cada dia o número cresça.

O presidente da Câmara tem afirmado a interlocutores que nunca fez previsões, por exemplo, sobre a eleição para a presidência da Câmara, exatamente para evitar expectativas e narrativas de que esperava mais ou menos votos (ele recebeu 334 dos 512 votos).

Agora, Rodrigo Maia quer repetir a estratégia com a reforma da Previdência.

CCJ e militares

A reforma da Previdência foi assunto principal da conversa entre Rodrigo Maia e o presidente Jair Bolsonaro, no último fim de semana.

Bolsonaro quis saber sobre a instalação da Comissão de Constituição e Justiça, prevista para esta quarta (13).

Maia tranquilizou Bolsonaro, mas disse que os deputados querem uma conversa, a “boa política” – e ficou de levar parlamentares para falar com o presidente.

Nesta segunda (11), Maia articulou com líderes que a reforma só será votada na CCJ após a chegada do projeto que trata da aposentadoria de militares.

O principal objetivo de Maia é garantir que deputados da oposição não obstruam a instalação da CCJ nesta quarta, já que o texto dos militares só vai chegar na próxima semana à Casa.

Integrantes da equipe econômica confirmaram ao blog que tudo caminha para o texto sobre a aposentadoria dos militares ser enviado até 20 de março, como já anunciado pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho.

Andréia Sadi

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