O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lamentou nesta sexta-feira o pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. Parente entregou carta ao presidente da República, Michel Temer, na qual anuncia sua saída em caráter “irrevogável e irretratável”.
(Pedro Parente) tem muita credibilidade e estava fazendo um ótimo trabalho. (A situação é) ruim para o Brasil — disse Maia ao GLOBO.
Segundo Maia, a Petrobras só mantém a credibilidade se “colocar um quadro com a mesma qualidade de Pedro Parente”.
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou que o “o importante nesse momento é não desperdiçar o trabalho de recuperação da Petrobras”.
“Precisamos definir uma política de preços de combustíveis que, preservando a empresa, proteja os consumidores”, escreveu, em sua conta no Twitter.
A Petrobras informou em nota que a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração, disse a empresa em nota. Após a divulgação da notícia do pedido de demissão de Parente, a Bolsa suspendeu a negociação das ações da Petrobras.
Apesar do desgaste sofrido por Parente, que foi criticado por caminhoneiros e por políticos, que pediram sua demissão, Temer considerava fundamental a permanência dele no comando da Petrobras para dar continuidade ao processo de recuperação da saúde financeira da estatal, segundo auxiliares do presidente.
BRUNO GÓES