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Temer pretende aprovar a reforma da Previdência após as eleições

Temer falou com jornalistas em Nova York após almoço com empresários — Foto: Cesar Itiberê/PR

O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (24), que, passada a eleição de outubro, quer aprovar no Congresso Nacional a reforma da Previdência.

Temer deu a declaração durante um almoço oferecido por empresários na Câmara de Comércios dos Estados Unidos. Ele viajou a Nova York para participar na terça-feira (25) da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Ao longo do ano passado, o governo federal tentou votar mudanças nas regras de aposentadoria, mas acabou desistindo em fevereiro deste ano. Considerada polêmica, a medida não encontrou apoio entre os parlamentares, que costumam evitam temas controversos em ano eleitoral.

“Quero aqui anunciar que, passadas as eleições (…) quero fazer a reforma da Previdência”, afirmou o presidente em um discurso para empresários durante almoço oferecido pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos.

Temer argumentou que, durante as eleições, os candidatos têm dificuldade em abordar esse tema, mas que, após o pleito, essa “preocupação desaparecerá”.

“Quando se busca fazer uma reforma da Previdência, normalmente há uma dificuldade de natureza eleitoral. Quem está habilitado a disputar eleições tem dificuldade para tratar desse tema. Passadas as eleições, esta preocupação desaparecerá,” disse.

Temer declarou que pretende contatar o presidente eleito em outubro para tratar do assunto.

“Procurarei o presidente eleito, seja ele quem for, e tenho certeza de que, ao procurá-lo, ele atentará para o fato de que a medida é indispensável. Eu diria, também sem medo de errar, que isso não é essencial para um governo – meu governo terminará em dezembro – é essencial para o Brasil”, afirmou.

O presidente afirmou que o déficit no setor é muito alto e não se pode deixar um “sistema de previdência sob ameaça” para as gerações futuras.

“Como o déficit previdenciário é elevado demais, nós não podemos legar a nossos filhos e netos um sistema de Previdência sob ameaça, nem um orçamento que seja quase tomado por gastos previdenciários”, declarou.

 

Fernanda Calgaro

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