O que Gabriel García Márquez fez com Cem Anos de Solidão foi devolver à literatura a imaginação que, durante um século, arrebatou o “racionalismo obscurantista”, disse à ANSA Conrado Zuluaga, especialista na obra do Nobel colombiano.
O que Gabriel García Márquez fez com Cem Anos de Solidão foi devolver à literatura a imaginação que, durante um século, arrebatou o “racionalismo obscurantista”, disse à ANSA Conrado Zuluaga, especialista na obra do Nobel colombiano.
“O que fez García Márquez? Devolveu à literatura o que passa por sua cabeça, que também faz parte da realidade. Seus sonhos e pesadelos, suas aspirações e frustrações, seus momentos mágicos e os trágicos, mas não só aqueles que vivemos, mas aqueles que passam pela mente”, destacou o escritor e acadêmico colombiano.
Para Zuluaga, o “realismo obscurantista”, próprio da política, tinha se apoderado da literatura, deixando de lado a imaginação e os sonhos como uma opção do pensamento, algo que faz parte da arte e que caracterizou livros como “Dom Quixote”, cheio de simbologia e proximidade com o leitor.
Oscar Escamilla, Ansa