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Museu Nacional de Brasília reúne obras que misturam xilogravura e Cordel

Reprodução de xilogravura de Costa Leite

O Museu Nacional da República, em Brasília, inaugura nesta terça-feira (27) uma mostra de xilografia e literatura de Cordel que narra o imaginário do nordeste brasileiro. A exposição, que vai até fevereiro e tem entrada gratuita, reúne 300 obras.

De acordo com os organizadores, o público poderá ver peças de acervos pessoais e de museus assinadas por gravadores, poetas e cordelistas como Ariano Suassuna, Dila, Jota Borges, Samico, Mestre Noza e Palito. As obras estão reunidas por temas:

  • Costumes populares
  • Cenas religiosas: milagres e crenças
  • Bichos fantásticos: dragões, leão alado, pavão misterioso
  • Romances e aventuras do cangaço

Segundo os curadores Edna Pontes e Fábio Magalhães, o trabalho reconta parte da trajetória da arte popular que despertou o interesse de intelectuais e artistas modernos. “A técnica de ilustração chegou ao Brasil no século 19 e foi usada na literatura de Cordel até a metade do século 20, quando começou a ser substituída por fotos e pela zincogravura”, explica Magalhães.

“Os gravadores começaram a receber encomendas para produzir uma xilogravura independente do Cordel e passaram a fazer as ilustrações em um tamanho muito maior que o tradicional 15×7.”

Trechos das histórias de Cordel também serão apresentados ao público, assim como as narrativas dos cantadores e dos repentistas. “Incluímos, também, obras de artistas plásticos que, muito embora não façam parte da denominada arte popular, produziram xilogravuras com linguagens de ‘parentesco’ com o Cordel”, acrescenta o curador.

Serviço

A Xilogravura Popular: Xilógrafos e Poetas de Cordel
Data: 27 de novembro de 2018 a 10 de fevereiro de 2019
Hora: 9h às 18h30 (terça a domingo)
Local: Museu Nacional da República – Setor Cultural Sul, Lt. 2
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Informações: 3325-5220

Por G1

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