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A invencibilidade de Temer foi desmontada

Foto de Arquivo

241 votos.

O número de votos obtidos pela cruel proposta de condicionar a ajuda federal aos estados à elevação da alíquota previdenciária dos servidores é o melhor indicativo que se pode ter, até o momento, do quanto tem o Governo para fazer a reforma da Previdência.

Como são necessários 308, o fato é que Michel Temer precisa tirar do bolso do colete – ou dos cofres públicos – a mágica necessária para obter mais 67 votos, pelo menos.

Talvez mais, depois de sexta-feira e da exposição dos nomes dos deputados que  votaram “sim” à proposta de elevar para ao menos 14% o desconto dos vencimentos que os servidores recebem (e, na atual conjuntura, muitos sequer recebem).

Não adiantou nem mesmo a cabala de votos feita pelos governadores Pezão (RS) e Sartori (RS), dizendo aos parlamentares que não têm como pagar servidores sem o dinheiro que Temer pode lhes dar.

Também não serviu o apoio maciço do PSDB, partido que, entre os grandes, deu mais votos a esta monstruosidade, mais que o PMDB, onde se registraram dez dissidências, contra três, apenas, dos tucanos.

Maia encerrou a sessão e, provavelmente, fará de tudo para deixar engavetado o restante da votação dos destaques, para forçar a votação da reforma trabalhista.

Nas vésperas de uma greve geral, gasolina na fogueira.

A invencibilidade do governo foi desmontada e a tendência é que, apesar das pressões, chantagens e outros expedientes impublicáveis, não poderá ser recomposta no curto prazo, mesmo que consiga os 257 votos para aprovar a reforma trabalhista, pela qual o lobby patronal pode lhe dar mais do que aquelas manobras.

Fernando Brito

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