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A presidente Dilma afirmou que Tortura é como um câncer

A presidente foi militante das organizações armadas Colina e VAR-Palmares e chegou a ser presa e torturada pela repressão. Em sua fala, Dilma afirmou que o Brasil tem uma larga e sistemática ação de tortura, que não começa na ditadura, mais é uma herança ligada à escravidão.

“A tortura é como um câncer”, afirmou a presidente, dizendo que como a doença, ela começa em uma célula e depois cresce e se espalha.

A presidente deu posse na manhã dessa sexta feira (25) aos 23 integrantes do colegiado criado para atuar em instituições de privação de liberdade, como delegacias, penitenciárias, locais de permanência para idosos e hospitais psiquiátricos.

O grupo terá como atribuições a avaliação e a proposição de ações de prevenção e combate à tortura.

A presidente se mostrou otimista com a perspectiva do combate ao crime de tortura no País uma vez que, segundo ela, o Brasil nunca esteve tão preparado para combater e prevenir esse comportamento hediondo.

A presidente Dilma considera esse momento faz parte do processo de mudança pelo qual passa o País. Ela avisou aos integrantes do novo Conselho que eles terão “um longo trabalho pela frente”.

“A morte por tortura é das coisas mais hediondas que a gente pode conceber que se pratique contra o ser humano”, afirmou.

Ao final da cerimônia, Dilma se emocionou e fez um desabafo à ministra Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para Mulheres). “Quem diria Menicucci, nem nos nossos sonhos um dia a gente imaginaria que participaria da criação de um comitê como esse”, disse a presidente após a foto oficial do evento. Dilma e Eleonora foram colegas de prisão no período da ditadura militar.   

Fonte: André Dusek/Estadão/Redação

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