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A sincronia entre das ações da Lava Jato e da oposição contra Dilma e o PT

Ações sincronizadas com movimentos políticos

A sincronia, sintonia, entre o movimento de impeachment e as ações espetaculosas da Justiça, que no momento coloca em dúvida a sua confiabilidade pelo povo.

Não é preciso um compêndio de Direito, basta uma destas folhinhas de farmácia, veja só:

Daqui a dez, vinte, trinta anos, quem sabe na caneta de um brasilianista, alguém há de cotejar obsessivamente a cronologia da Operação Lava Jato com a de eventos políticos relevantes e decisivos.

Com  isso poderemos constatar que, quando a coincidência é demasiada, deixa de ser coincidência.

Vejamos: Em 4 de março de 2016, na 24ª fase da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro determinou a condução coercitiva de Lula para prestar depoimento à Polícia Federal. Tremendo barulho.

Justamente quando uma manifestações pró-impeachment estavam marcadas para menos de dez dias depois.  Com isso o ambiente mudou. Bombaram. Quando em dezembro haviam sido modestas.

Três dias mais tarde, Moro liberou a divulgação de gravações telefônicas de Lula, inclusive de conversa com a presidente.

Em abril de 2015, ocorrera sincronia semelhante.

O ato pela deposição de Dilma seria no dia 12.

Na antevéspera, deu-se a 11ª fase da Lava Jato, e o clima esquentou.

Cinco dias antes da votação na Câmara que autorizaria o impeachment, desencadearam a 28ª fase.

A nove dias da data provável para o Senado se pronunciar sobre o afastamento provisório da presidente constitucional, o procurador-geral da República denunciou Lula e pediu investigação de Dilma.

Ainda que sem querer – será? -, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça aumentaram a temperatura às vésperas de acontecimentos políticos de envergadura.

Algum dia um alguém estudará tudo isso e muita gente reagirá com ares de surpresa, falsos ou verdadeiros, às conclusões tão óbvias.

Mário Magalhães/cljornal

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