Prováveis operadores da disputa pelo governo paulista em 2014, os presidentes estaduais do PT, PSDB e PMDB prometem não usar na campanha os casos do mensalão, esquema de compra de apoio parlamentar no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e as investigações sobre o cartel no metrô paulista em gestões tucanas.
“O PSDB tem o calcanhar de aquiles deles e nós temos o nosso”, afirma Emidio de Souza, presidente do PT paulista.
Apesar de reconhecer o potencial de estrago que o episódio pode causar no adversário, o dirigente descarta a hipótese de promover uma guerra negativa.
“O caso do cartel pode prejudicar o PSDB assim como a ação penal 470 (mensalão) pode nos prejudicar. As denúncias são problema de polícia. A campanha do (Alexandre) Padilha (ministro da Saúde e provável candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes) não será para denunciar ninguém”.
Presidente do PSDB paulista, o deputado federal Duarte Nogueira se mostra cético em relação à promessa do rival.
“Esse caso (cartel dos trens) será usado por nossos adversários. Ele foi criado por eles com o aparelhamento do Estado e o apoio do Ministério da Justiça e do Cade. O PSDB e o governo paulista são vítimas de um eventual cartel”, diz.
Questionado sobre a possibilidade de transformar o caso do mensalão em programa publicitário, o dirigente tucano é enfático.
“O caso do mensalão foi o maior escândalo de corrupção que o Brasil, mas o PSDB não o está usando como bandeira política para caricaturar adversários, como nossos eles fazem. Não usaremos o mensalão como instrumento a nosso favor”.
Fonte: Pedro Venceslau