O líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias, que concorreu às eleições presidenciais de 2018 como “candidato da Lava Jato”, criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro com relação a seu ministro da Justiça, Sergio Moro.
Para o senador, presidente abraçou “chantagistas” e criou um “calvário” ao ex-juiz ao limitar suas condições de trabalho. Dias, no entanto, é otimista com relação ao futuro do ex-juiz.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o senador reconheceu que o ministro sofre desgaste no governo do ex-capitão, mas que “este calvário pode terminar em outubro” caso Bolsonaro leve adiante seu plano inicial de indicar o ministro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Álvaro Dias diz ainda que, apesar dos problemas enfrentados no governo, acredita que Moro é o nome mais forte para as eleições de 2022 e que as reportagens da Vaza Jato não desidrataram a popularidade do ministro.
“Obviamente, hoje, Moro é o candidato mais forte à Presidência da República. Não há ninguém que possa duvidar disso porque nós temos de reconhecer o que as pesquisas indicam”, disse o senador.
Ao comentar sobre os ataques recentes do general Augusto Heleno contra o Congresso Nacional, assim como o apoio de Bolsonaro ao ato golpista de 15 de março, Dias diz que ambas atitudes são um “desserviço para a democracia”.
Para ele, Bolsonaro “abraçou os chantagistas”.
“Se há chantagem, tem de ser repudiada. Ninguém pode ser tigrão com os mais fracos e tchutchuca com os que comandam”, afirmou
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