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Após cortes e atrasos, Bolsonaro anuncia verba da Caixa para esporte paraolímpico

Foto: Divulgação

 O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quarta-feira (19), em São Paulo, da assinatura de um convênio entre a Caixa Econômica Federal e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência por meio de atividades esportivas, culturais e educativas.

O acordo prevê que o Centro Paraolímpico, espaço multidesportivo na capital paulista construído antes dos Jogos do Rio-2016, faça anualmente a iniciação de 550 alunos com deficiência da rede pública de ensino, de 10 a 17 anos.

O anúncio foi feito nesta quarta no Centro Paraolímpico. No local, Bolsonaro fez flexões com o governador de São Paulo, João Doria, antes de conceder entrevista coletiva.

O investimento do projeto, que atenderá também adultos e idosos, será de R$ 10 milhões, num prazo de quatro anos. Como contrapartida do CPB, o espaço passará a se chamar Centro Paraolímpico Caixa. O anúncio é um dos raros acenos do governo Bolsonaro para o esporte.

Em geral, o cenário tem sido de corte de investimentos das empresas estatais na área, inclusive da Caixa, que neste ano deixou de patrocinar 25 clubes de futebol. Esses acordos totalizavam R$ 128 milhões.

Outro corte de impacto feito pela instituição, responsável pelos maiores investimentos de estatais em 2018, foi na área de corridas de rua, projetos sociais e eventos pontuais, que havia recebido R$ 31 milhões no ano passado.

Permanecem até 2020 os patrocínios da Caixa ao próprio Comitê Paralímpico do Brasil (R$ 20 milhões anuais), às confederações de atletismo (R$ 14,5 milhões) e ginástica (R$ 5,5 milhões) e às ligas de basquete masculina e feminina (R$ 8 milhões).

Algumas dessas instituições, no entanto, relatam atrasos nas verbas da Caixa. O próprio CPB recebeu neste ano verba referentes apenas até o mês de março. Poucas dessas entidades se pronunciaram publicamente sobre os atrasos. Foi o caso da Liga Nacional de Basquete, responsável pelo NBB, principal torneio nacional da modalidade.

Como acontece em toda gestão, quando muda tem um hiato. A Caixa é uma entidade muito séria, acreditamos que vá cumprir seus acordos. Pode até não querer renovar, como aconteceu no futebol, mas acho que vão honrar [os contratos em vigor], afirmou Kouros Monadjemi, presidente da liga, em fevereiro.

No novo projeto do centro paraolímpico serão oferecidas oito modalidades: atletismo; natação, judô, futebol de 5, vôlei sentado, bocha, goalball e tênis de mesa.

FolhaPress SNG

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