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Aras envia ao TCU informações sobre a farra de Dallagnol nas diárias dos procuradores da Lava Jato

Augusto Aras e Deltan Dallagnol

O ex-procurador Deltan Dallagnol, que disputará o cargo de deputado federal e passou a receber um salário de R$ 15 mil do Podemos, terá uma preocupação a mais, além da sua própria campanha.

“A equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, já enviou ao Tribunal de Contas da União (TCU) novos dados sobre o pagamento de passagens e diárias a procuradores da Operação Lava Jato, abrindo dados da gestão de Rodrigo Janot, um de seus antecessores no cargo”, informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna.

“O tribunal investiga o fato de procuradores que trabalhavam em Curitiba (PR) receberem diárias como se morassem em outra cidade e trabalhassem na capital do Paraná apenas transitoriamente — quando, na verdade, se estabeleceram na cidade, passando a maior parte do tempo trabalhando nela”, prossegue.

Mônica também informa que o Ministério Público junto ao TCU concluiu que o modelo de funcionamento adotado pela força-tarefa não representou o menor custo possível para a sociedade brasileira.

E disse que ele “resultou em interessante ‘rendimento extra’ em favor dos beneficiários, a par dos elevados valores das diárias percebidas”.

“Entre os procuradores citados estão Antonio Carlos Welter, que recebeu R$ 506 mil em diárias e R$ 186 mil em passagens, Carlos Fernando dos Santos Lima, que recebeu R$ 361 mil em diárias e R$ 88 mil em passagens, Diogo Castor de Mattos, com R$ 387 mil em diárias, Januário Paludo, com R$ 391 mil em diárias e R$ 87 mil em passagens, e Orlando Martello Junior, que recebeu R$ 461 mil em diárias e R$ 90 mil em passagens.”

“O ex-procurador Deltan Dallagnol aparece como idealizador do modelo e foi citado para devolver recursos solidariamente aos cofres públicos”, aponta ainda a jornalista.

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