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Ato em Buenos Aires repudia “gestão criminosa” no Brasil pelas 250 mil mortes por covid-19

A notícia de que o Brasil alcançou 250 mil mortes por coronavírus gerou atos de repúdio fora do país. Na noite desta quinta-feira (25), um ato simbólico de luto e em repúdio ao governo de Jair Bolsonaro foi realizado na embaixada do Brasil na capital federal de Buenos Aires pelo coletivo Passarinho, integrado por brasileiros de esquerda em Buenos Aires.

Com 250 velas e uma projeção de imagens apontando a responsabilidade do governo nacional brasileiro pela trágica marca, o ato também exibiu o curta (R)Existir, de Guilherme Licurgo e Otavio Pacheco.

O filme, que estreou no dia 2 de fevereiro, analisa a situação atual do Brasil e homenageia os brasileiros que perderam a vida em consequência da covid-19.

“Não é possível banalizar a morte de 250 mil pessoas”, afirma militante do coletivo Passarinho. / Fernanda Paixão

“Acredito que para todo brasileiro que vive fora, as notícias são cada vez mais angustiantes”, pontua um dos integrantes do coletivo, Paulo Pereira.

“Não é possível banalizar a morte de 250 mil pessoas. É em homenagem a essas vidas que estamos juntos, aqui, acendendo essas 250 velas. Um protesto silencioso mas que também responsabiliza o governo federal pela gestão criminosa da pandemia”, conclui.

Na manhã desta sexta-feira, o governo argentino confirmou uma segunda visita de Jair Bolsonaro ao país, prevista para o dia 26 de março.

A primeira visita de Bolsonaro à Argentina, com o então governo do ex-presidente Mauricio Macri, foi também repudiada por organizações militantes em Buenos Aires com um festival Argentina Rechaza Bolsonaro (Argentina Rejeita Bolsonaro, em tradução livre), em 2019.

A notícia da próxima visita despertou o alerta na militância, que deve preparar um novo ato em repúdio ao presidente brasileiro.

Fernanda Paixão

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