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Bloqueio nas estradas faz acabarem comida e combustível, diz a Globo. Só que não…

Do Facebook do simpático professor catarinense Pedro Cabral Filho, com os links dos vídeos a que ele se refere, para você ver que não tem exagero.

É a Globo (RBS, lá) em mais uma sessão de “o mundo está se acabando”.

Chega a dar vergonha de ser jornalista: ser desmentido ao vivo pelas pessoas que estão sendo entrevistadas, na ânsia de incutir o pânico na sociedade.

Diz o Pedro:
Péssimo dia Santa Catarina. Na sua campanha do vale tudo contra o governo Dilma o jornaleco matinal da RBSteira, mau dia Santa Catarina de hoje de manhã repercutiu assim a greve dos caminhoneiros:
– Faltará comida no Estado e o desabastecimento já começou nos supermercados de Itajaí.

Diz a antara, ou ancora.
– Vamos direto com a repórter Tal diz:
– Estou aqui com o Sr. Fulano, do sindicato dos supermercados. Como está o desabastecimento?
– Não existe desabastecimento em Santa Catarina. Cuidado com esta campanha de apavoramento, isso não acontece aqui.

A repórter gagueja e tenta reverter a pergunta. O entrevistado volta a afirmar que a paralização está acabando e está tudo regular.
– Pois é, é com vocês do estúdio.
Não satisfeitos e com a pauta do ódio, a metralhadora é virada para os postos de gasolina.
– Já falta gasolina em Santa Catarina, principalmente no Oeste do Estado. Vamos conversar com o Sr. Sicrano, representante das empresas de distribuição.
– Já falta combustível nos postos de Florianópolis e região?

Dizia a coitada da repórter.
– Claro que não. Florianópolis é abastecida pela região de Biguaçu e isso não tem a menor condição de acontecer.
– Mas a gasolina irá aumentar. Diz a tansa.
– Como? Uma coisa não tem relação com a outra.

A tola retorna para o estúdio e as caras de “puta que pariu” não deu certo, dava até vergonha. O difícil é que a sutileza apresentada não é para todos. Por isso continuo afirmando que educação é tudo. Ler torna a gente mais inteligente, mais esperto e perspicaz. Dói, mas é prazeroso.

Conferi os vídeos: com uma palavra a mais ou a menos, é isso mesmo: a nítida tentativa dos repórteres de levar os entrevistados a pintarem o inferno de Dante.

Foi a época em que jornalismo se fazia com notícia….

Fonte: Fernando Brito.

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