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Bolsonaro agride verbalmente mulher que o questionou

Mais um louco na história da humanidade

O presidente Jair Bolsonaro mandou uma mulher se retirar da frente do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira, 10, após ela o questionar sobre as mais de 38 mil mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil.

“Cobre do seu governador. Sai daqui”, disse ele à mulher, que estava entre apoiadores do presidente. Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia e afirmou que “as mortes estão havendo no mundo todo, não apenas pela covid”.

A questionante – “Nós temos hoje 38 mil mortos por causa do covid. E, assim, não são 38 mil estatísticas, são 38 mil famílias que estão morrendo nesse momento, que estão chorando. O senhor, como chefe da Nação, eu votei no senhor, fiz campanha para o senhor, acho até que o senhor me conhece. E eu sinto que o senhor traiu a nossa população”, disse a mulher, que na hora não se identificou.

Em seguida, a mulher afirmou que a população está morrendo, mas Bolsonaro ficou em silêncio e se afastou dela, dando a palavra para outras pessoas. Diante da insistência, o presidente disse para a mulher parar de falar ou, então, sair do local.

“Se você quiser falar, sai daqui, já foi ouvido. Cobre do seu governador. Sai daqui”, declarou o presidente mais uma vez. A mulher, no entanto, permaneceu no local, uma área cercada em que os apoiadores costumam aguardar a saída do presidente da residência oficial.

A conversa do presidente no Alvorada foi transmitida ao vivo pelo canal de YouTube “Cafezinho com Pimenta”, do militar reformado Winston Lima, mas o vídeo foi retirado do ar pouco depois.

Lima é um dos alvos do inquérito das fake news, no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro também não transmitiu a interação com apoiadores em “live” no Facebook, como costuma fazer diariamente.

Após mandar a mulher sair do local, o presidente voltou a minimizar as mortes por coronavírus ao dizer que os óbitos acontecem no mundo todo, e não apenas pela covid-19.

“Aquela figura falando abobrinha ali. Vem usar uma coisa séria, as mortes, para fazer demagogia aqui, todos nós respeitamos e temos compaixão pelo pessoal que perdeu um familiar, não importa a circunstância”, disse.

 “Mortes estão havendo no mundo todo, não é apenas a covid. Agora, querer culpar a mim… Tem muita gente morrendo de fome, depressão, suicídio, uma política feita apenas de um lado”, disse Bolsonaro.

Esta não é a primeira vez que o presidente demonstra incômodo ao ser cobrado pelas mortes causadas pela doença no País. No fim de abril, ao ser questionado por um jornalista sobre o fato de o Brasil ter superado a China em número de vítimas, Bolsonaro respondeu com um “e daí?”. Antes disso, já havia dito não ser “coveiro” para comentar os óbitos.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem minimizado os efeitos da pandemia e, por diversas vezes, chegou a tratá-la como “gripezinha”.

Ele também é crítico a medidas de isolamento social, considerada por organismos de saúde a maneira mais eficaz de se evitar a propagação do vírus.

O homem é completamente louco.

Cljornal com informações da Reuters

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