Jair Bolsonaro viaja em devaneios tórridos ao imaginar que o PT tem uma “carta no bolso” para libertar Lula e permitir que ele concorra e vença as eleições de outubro. Talvez seja medo de enfrentar o candidato que lidera absoluto em todas as pesquisas de intenções de votos.
Falando para militares na segunda-feira (23), Bolsonaro disse:
“Eu me preocupo com o PT (Partido dos Trabalhadores).
A gente nunca pode, como eu aprendi na minha carreira militar, negligenciar o opositor. E eu chamaria o PT não de opositor, mas de inimigo da pátria.
Quem aceitou, na posição do Lula e do Zé Dirceu, passivamente ir para a cadeia tendo um paraíso na frente deles, que seria uma ida para Cuba, é claro que tem uma carta no bolso”.
As informações são do UOL.
A insensibilidade política de Bolsonaro não o permite ver que Lula luta há 109 dias contra uma condenação sem provas, por uma reforma que nunca houve, de um imóvel que nunca foi seu.
Ele afirmou que a mudança na presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) programada para ocorrer em setembro – com a saída de Cármen Lúcia e a entrada de Dias Toffoli – pode dar margem a uma nova discussão do entendimento de que sentenciados podem ir para a prisão após condenação em segunda instância.
Em tese, um entendimento diferente poderia resultar na soltura de Lula.
O nome disso é insegurança; achavam que Lula preso abriria caminho para as candidaturas da direita e da extrema-direita.
Quebraram a cara.
Agora a não presença de Lula (ou mesmo a sua onipresença) assusta os adversários.
Estão se auto digerindo.
Depois o que será que sobra?