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Brasil arremedo de país historicamente administrado por uma corja de velhacos/ Por Sérgio Jones

Não precisa ser nenhuma espécie de gênio ou mago das finanças para saber que o custo Brasil existe por dois simples fatores, tomada de decisão e coragem do governo para enfrentar em definitivo velhos tabus financeiros que emperram o progresso e o avanço do país que se arrasta na indigência social, por mais de cinco séculos.

Fugir dessa realidade nos têm custado um preço muito alto. Tal comportamento nos remete a velhas práticas como tentar extrair leite de pedra. Sacrificar a classe trabalhadora não dá mais, a fonte secou e a vaca faz tempo que foi para o brejo.

Se o governo deseja e necessita de dinheiro só existe uma solução, promover a redução de gastos nas três esferas de poder, legislativo, executivo e judiciário. Sobretaxar as grandes fortunas e cobrar impostos das igrejas que arrecadam bilhões por ano.

Os gastos promovidos pelo Legislativo brasileiro são considerados o mais oneroso do mundo. O Congresso Nacional custa mais de R$ 10 bilhões por ano, orçamento equivalente ao custo de quase R$ 29 milhões por dia. E parte desse custo é realizado com um conjunto de monumentais desperdícios.

Os gastos públicos ineficientes no Brasil geram prejuízos de US$ 68 bilhões por ano, o que corresponde a 3,9% de tudo que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Segundo estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 

O judiciário brasileiro além de ser um dos mais ineficientes conta com 16,2 mil juízes em atividade no Brasil, eles ganham em média, R$ 46 mil mensais. Isso porque três em cada quatro recebem mais do que o teto do funcionalismo público, de R$ 33,7 mil, graças aos chamados penduricalhos. O que fica patenteado em toda essa realidade bizarra é que os poderes, legislativo e judiciário enriqueceram muito ao longo dos últimos anos.

Por que não taxar as grandes fortunas?

Apesar de estar previsto na Constituição de 1988, o imposto sobre Grandes fortunas (IGF) jamais foi regulamentado no Brasil.

Por que igrejas, templos e entidades religiosas em geral deixam de pagar alguns impostos no Brasil? Simples, por causa de uma regra prevista na Constituição e de isenções concedidas pelos Estados. Todos os brasileiros sabem que tais benefícios servem para o enriquecimento empresas disfarçadas de igrejas….

A justificativa do não pagamento, por alguns de seus defensores é frágil de que a isenção existe para proteger a liberdade religiosa. E de que a regra impede que um grupo de pessoas deixe de exercer a sua fé por não conseguir pagar impostos. Mas na realidade, esse argumento não deixa de ser uma nuvem de fumaça para encobrir interesses outros. Que extrapolam em muito, o conceito da fé.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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