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Defesa de Saud manifestou preocupação por que ele ficará preso com pessoas que delatou

O executivo Ricardo Saud, do grupo J&F; (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

O executivo Ricardo Saud, do grupo J&F, foi transferido na tarde desta sexta-feira (15) da carceragem da Superintendência da Polícia Federal para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

Saud foi preso no final de semana, por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O executivo é suspeito de, junto com o dono da JBS (empresa do grupo J&F), Joesley Batista, ter mentido e omitido informações no acordo de delação premiada firmado por ambos com a Procuradoria Geral da República, que já pediu a rescisão do compromisso.

Inicialmente, a prisão do executivo era temporária (por cinco dias), mas nesta quinta, a pedido da PGR, o ministro Edson Fachin, do STF autorizou a conversão da prisão para preventiva (por tempo indeterminado).

O advogado de Saud e de Joesley Batista, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que a transferência do executivo para a Papuda foi uma decisão da PF. Joesley Batista, que também teve a prisão temporária convertida em preventiva foi transferido na manhã desta sexta para São Paulo.

Almeida Castro disse que a ala para onde vai Saud é um local especial para delatores, mas ainda assim gera preocupação na defesa, porque na mesma área estão detidas seis pessoas delatadas pelo executivo.

Para Almeida Castro, o local para onde o cliente será transferido é “sem dúvida nenhuma” o “melhor” em Brasília, mas o fato de ele ficar perto de outros delatados gera uma “preocupação real”.

“Inclusive uma dessas pessoas teria num dado momento jurado de morte o Ricardo. Então, são preocupações da defesa”, afirmou.

G1

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