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DILMA ADIA ANUNCIO DE NOVOS MINISTROS PARA SEGUNDA FEIRA

Desistam de esperar anúncio de ministros neste final de semana, aconselham políticos e funcionários do Governo com algum grau de informação sobre a disposição da presidente Dilma em seu descanso na base de Aratu (BA).

 

Novos nomes só devem ser anunciados a partir de segunda-feira, dia 29, quando também devem ser divulgadas medidas fiscais e tributárias.

 

Por conta do princípio da anterioridade, para serem aplicadas no ano que vem as medidas devem ser anunciadas ainda este ano. Logo, serão feitas pela atual equipe econômica.

 

Apesar das recomendações, tudo pode sempre acontecer quando se trata de Dilma, uma viciada em trabalho. No litoral baiano, onde passeou de lancha pela manhã, ela tem alguns dilemas para resolver em relação ao resto do ministério. Um deles diz respeito ao PT e às suas correntes internas.

 

Houve reação à possibilidade de a corrente Democracia Socialista, a DS, forte no Rio Grande do Sul, emplacar o ministro Miguel Rossetto na Secretaria-Geral e ainda Pepe Vargas na Secretaria de Relações Institucionais, a SRI.

 

Por isso nem Pepe foi confirmado juntamente com os outros 13 ministros, na terça-feira, nem Ricardo Berzoini foi anunciado entre eles como futuro ministro das Comunicações, embora sua escolha já esteja certa.

 

Outra dúvida é sobre a participação de Minas no Ministério, com alguém indicado pelo governador eleito Fernando Pimentel. A escolha de Patrus Ananias para Reforma Agrária é dada como certa por alguns petistas mas ele não é exatamente aliado interno de Pimentel no PT. Pelo contrário, já se bicaram muito.

 

E embora esteja decidida que a pasta de Integração Nacional ficará para o PP, Dilma não gostou do nome indicado pelo partido, Aguinaldo Ribeiro. Prefere o atual ministro das Cidades, Gilberto Occhi, um técnico, mas isso precisa ser negociado com o partido.

 

E, por fim, Dilma precisa de um ministro das Relações Exteriores, já tirou Celso Amorim da Defesa, mas não anunciou seu retorno ao Itamaraty, como muitos esperavam.

 

Afinal, dizem os diplomatas, na carreira não há ninguém melhor que ele para o posto, neste momento adverso do comércio externo. Nem se avista, na base governista, um político com tal perfil.

 

O inconveniente talvez seja a proximidade com Lula, um traço que Dilma atenuou bastante em sua nova equipe, pelo menos entre os já escolhidos.   

Fonte: Tereza Cruvinel

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