Cumprimento a PGR por se aliar à liberdade, mas não posso me estranhar: por que esse garantismo só aparece quando envolve Michel Temer e tucanos?
Na Lava Jato, teve gente que ficou presa por mais de um a dois anos, sem processo, sem condenação, com base exclusivamente em delação premiada.
O ministro Barroso, igualmente num acesso garantista bastante raro nos últimos tempos, concedeu imediatamente a liberdade aos presos, tão gentilmente pedida por Raquel Dodge.
Para a votação do dia 04 de abril, que vai decidir o habeas corpus de Lula e possivelmente também a autorização da prisão em segunda instância, os fascistas do judiciário/MP estão todo ouriçados, pedindo prisão e mais prisão: queria saber se os camisa-negras da Lava Jato e seus apoiadores já se posicionaram contra essa súbita guinada da PGR e do STF em favor da liberdade.
No site da PGR
PGR pede revogação de prisões de alvos da Operação Skala
Presos na última quinta-feira já foram ouvidos pelos investigadores. Decisão cabe ao relator do inquérito no STF
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge pediu, na tarde deste sábado (31), ao ministro Luiz Roberto Barroso a revogação das prisões temporárias determinadas no âmbito do inquérito que apura possíveis irregularidades na edição do Decreto dos Portos.
Como justificativa para o pedido, a procuradora-geral explica que as medidas cumpriram o objetivo legal.
A PGR lembra que, no dia 29 de março (quinta-feira), foram cumpridas as medidas de busca e apreensão de prisões autorizadas pelo relator do inquérito, com exceção de três pessoas que não tiveram os mandados de prisão executados por estarem no exterior, “mas dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”.
Nos últimos dois dias, procuradores que atuam na Secretaria da Função Penal Originária no Supremo Tribunal Federal (STF) acompanharam os depoimentos das pessoas que foram alvo da operação.
De acordo com a determinação do ministro Roberto Barroso, o prazo das prisões terminaria na segunda-feira (2). O inquérito dos portos foi instaurado em setembro de 2017, a partir de revelações e provas colhidas em acordos de colaboração premiada.
Miguel do Rosário