De acordo com a publicação, segundo o Ministério Público, ele é suspeito de liderar uma organização criminosa que ordenava o recebimento de propinas de fornecedores do governo do Paraná.
A prisão gerou reações.
A corregedoria do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) abriu reclamação disciplinar para verificar se a iniciativa foi uma tentativa de influenciar no calendário político.
Serão investigados também promotores que apresentaram ações contra os presidenciáveis Fernando Haddad, do PT, e Geraldo Alckmin, do PSDB.
O próprio ministro disse ver “notório abuso de poder” e a necessidade de que fossem colocados “freios” na atuação dos investigadores. “Pelo que estava olhando no caso do Richa, é um episódio de 2011.
Vejam vocês que fundamentaram a prisão preventiva a uns dias da eleição, alguma coisa que suscita muita dúvida. Essas ações já estão sendo investigadas por quatro, cinco anos, ou mais.
No caso de Alckmin, Hadad, todos candidatos. E aí [o MP] anuncia uma ação agora! É notório um abuso de poder”, declarou o ministro quando questionado sobre o caso do tucano. Também foram presos temporariamente, no mesmo dia, a mulher do ex-governador, Fernanda Richa; o irmão de Richa e ex-secretário de Infraestrutura, Pepe Richa; o ex-chefe de gabinete, Deonilson Roldo; e o ex-secretário Ezequias Moreira.
Todos negaram as suspeitas e acusaram a operação de oportunismo. Ao todo, 15 pessoas são alvo de mandados de prisão temporária, ordenados pela Justiça Estadual do Paraná.
As prisões atingiram figuras-chave no entorno do tucano, que estava em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para o Senado no Paraná, com 28%, de acordo com o último levantamento do Ibope.
O candidato do MDB Roberto Requião aparece em primeiro, com 43%, completa a Folha.