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Governo corta R$ 366 milhões em obras de rodovias para reduzir o diesel

As obras em rodovias foram diretamente afetadas pelos cortes orçamentários que vão garantir a queda do preço no óleo diesel. Segundo o anúncio feito pelo governo federal nesta 5ª feira (31.mai.2018), foram cancelados R$ 366 milhões de 37 projetos para melhorias nas estradas.

O valor faz parte da redução bilionária no orçamento do Ministério dos Transportes. A pasta foi a mais atingida pelas medidas de readequação de verbas, com o corte de R$ 1,47 bilhões.

Isso significa que os protestos dos últimos 11 dias também devem resultar em problemas para os próprios caminhoneiros.

As obras que perderam recursos no orçamento de 2018 abrangiam a construção, adequação e manutenção de trechos rodoviários em 18 Estados (AC, AM, AP, BA, GO, MG, MS, PA, PB, PE, PI, PR, RN, RO, RR, RS, SC e TO) e no Distrito Federal.

Entre as maiores verbas canceladas está a construção do contorno rodoviário na BR-376, no Paraná.

Só desse projeto, o governo retirou R$ 45,4 milhões. Já para a adequação de trecho rodoviário na mesma BR-376, na fronteira paranaense com a Argentina, foram cortados R$ 43,1 milhões.

O Paraná foi o Estado com o maior número de obras afetadas pelo cancelamento das verbas, com 6 projetos e R$ 104,2 milhões.

Em 2º lugar está o Rio Grande do Sul, com 4 projetos retirados e R$ 111,1 milhões.

Ficaram livres de cortes os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso e Ceará.

MEDIDA ATINGE 25 DE 29 MINISTÉRIOS
Dos 29 ministérios, 25 tiveram suas verbas canceladas para garantir a redução do preço do diesel.

Além dos Transportes, Portos e Aviação Civil, registraram cortes significativos os ministérios da Fazenda (R$ 994,02 milhões), Minas e Energia (R$ 939,48 milhões) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 820,63 milhões).

Também chamou a atenção outros 2 valores cancelados: os de encargos financeiros da União, com corte de R$ 1,67 bilhão, e reservas de contingência (R$ 2,48 bilhões) utilizadas para cumprir a meta fiscal.

FERNANDO PIVETTI e DYELLE MENEZES

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