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Juízes alemães deveriam invejar colegas brasileiros

Imagem de arquivo

Entenda porque os juízes alemães deveriam invejar a regalias dos colegas brasileiros.

Juízes alemães em início de carreira recebem cerca de um terço dos megas salários dos brasileiros e cumprem um papel menos corporativo e mais eficaz à Justiça

O portal internacional DW divulgou dados um quanto curiosos comparando os custos e os resultados – a eficiência – do judiciários brasileiro e alemão.

Em média, um juiz brasileiro custa, segundo dados da CNJ, R$ 47.700 reais por mês – importante lembrar que esse valor é conseguido com “artimanhas” e “extras”, uma vez que o teto constitucional do país é próximo aos R$ 33.000 – e R$ 572 mil por ano. Na Alemanha, um juiz distrital (equivalente a Moro) recebe em média o equivalente a R$ 310 mil.

Se considerados os custos de vida nos dois países, este valor pode equivaler a proporcionalmente 30% do recebido pelos juízes brasileiros.

Além disso, as únicas verbas extras que o Judiciário alemão paga são o benefício saúde (por reembolso, apenas) e um bônus de natal de 640 euros.

Análise

O debate vem em hora adequada, depois que vieram à tona as notícias de juízes brasileiros – inclusive os aclamados da Operação Lava Jato, como o paranaense Sérgio Moro – recebiam regalias e até auxílio-aluguel mesmo residindo em imóveis próprios e nas mesmas cidades onde trabalham.

Quando incluídos os procuradores, o Brasil pagou em 2017, somente para essas duas categorias, quase R$ 400 milhões em auxílio-aluguel, o suficiente para construir 10 mil unidades do Minha Casa Minha Vida para famílias de baixa renda por ano.

Em termos percentuais, o Judiciário brasileiro custou em 2017 o equivalente a 1,4% do PIB enquanto o alemão não chegou a 0,4%.

Uma diferença assustadora mesmo levando em consideração o fato de o PIB alemão ser o dobro do brasileiro.

LUIZ HENRIQUE DIAS

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