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LAVAJATEIROS AGORA ATACAM PROGRAMA NACIONAL DE SUBMARINOS

É MAIS UMA AÇÃO CONTRA A SOBERANIA DO NOSSO PAÍS

A matéria publicada no UOL é mais um dos crimes lavajateiros que caracterizam estes sombrios tempos de golpe. O título é já uma condenação peremptória e midiática, com efeitos terríveis sobre o projeto, que, nestes casos, é paralisado, suspenso, atrasado ou mesmo anulado.

“MPF aponta superfaturamento de 2,8 bilhões em programa de submarino”.

A frase é uma bomba semiótica típica da guerra híbrida. Em poucas palavras, tanta destruição.

Se você ler a reportagem, coisa que quase ninguém faz, inclusive o ministro Luis Roberto Barroso (que adora denunciar a corrupção nas estatais brasileiras em suas palestras regiamente pagas nos EUA), você descobrirá que o Ministério Público não tem NENHUMA prova de superfaturamento no projeto dos submarinos.

O que você tem é um procurador fazendo a velha e idiota confusão de sempre, de pegar o orçamento de um projeto, e compará-lo com os gastos efetivos realizados naquele projeto.

O MPF virou uma arma de destruição em massa. O que um procurador entende de submarino nuclear?

Nada, evidentemente.

Embora a operação não faça parte, oficialmente, da Lava Jato, é mais um de seus desdobramentos, e o modus operandi é parecido: “deslegitimação” na mídia, pré-julgamento, linchamento moral, e, sobretudo, ausência completa de preocupação sobre suas consequências devastadoras.

Um projeto é sempre um projeto. A sua realização é outra coisa. Para ganhar o projeto, as empresas puxam os custos para baixo. Na hora de realizá-lo, puxam os custos para cima. Isso é uma realidade objetiva e concreta.

Há desvios?

Pode ser, mas certamente não na escala delirante do MPF, que faz uma conta infantil de subtrair os custos efetivos das obras do que havia sido estimado no projeto inicial.

No caso dos submarinos, o procurador vai mais longe.

Como se soubesse mais do que a própria Marinha, ele toma posições contra o próprio projeto, que deveria, segundo ele, ter feito um armazém aqui, outro acolá, como se ele, procurador, fosse a autoridade maior em submarinos do país!

O lado trágico disso tudo é que o projeto dos submarinos já está atrasado por conta da Lava Jato e do golpe.

Essa nova onda de ataques pode atrasá-lo ainda mais, prejudicando a economia fluminense, em situação desesperadora, que se beneficiaria dos estaleiros a serem construídos e ampliados no Rio de Janeiro.

Ninguém vai parar essa loucura?

O que mais falta para o governo brasileiro e as forças armadas darem um basta aos delírios do MPF, os quais, estranhamente, se voltam sempre com fúria contra os interesses nacionais mais estratégicos, mais importantes para nossa defesa, nossa infra-estrutura, nossa economia, nosso futuro?

Em nota, a Marinha disse que a suspeita de superfaturamento apontada pelas investigações é “improcedente”.

“O que, na verdade, ocorreu foi que o preço previsto inicialmente no contrato foi estimado, a partir de um ‘projeto conceitual inicial’, ainda sem todas as informações necessárias.”

A nota continua e diz que, devido à “natureza, magnitude, ineditismo, complexidade e necessidade de transferência” inerentes ao projeto, não foi possível estabelecer um “projeto básico inicial único” e que a mudança no valor da obra ocorreu devido a adaptações do projeto básico inicial e a recomendações feitas por órgãos reguladores do setor de energia nuclear do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e dos parceiros franceses.

A Marinha disse ainda que a obra é acompanhada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e que desconhece qualquer suspeita de superfaturamento relativa ao programa.

À reportagem, o ministro do TCU, André Carvalho, relator dos processos de fiscalização do Prosub no tribunal, confirmou que o órgão acompanha as obras. Ele disse, porém, que os autos estão sob sigilo e que informações sobre o caso não poderiam ser divulgadas.

Em relação ao não envio de documentos solicitados pela PR-DF, a Marinha disse que “atendeu a todas as demandas da Procuradoria da República no Distrito Federal” e que todos os documentos solicitados foram encaminhados em meio digital.

Aí está mais uma ação de destruição nacional implementada pelos lavajateiros.

MIGUEL DO ROSÁRIO

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