Ludhmila Hajja , cardiologista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, falou sobre os motivos que a levaram a recusar o convite de assumir o comando do Ministério da Saúde. A entrevista foi para o canal CNN .
A doutora relatou que existem “pontos de divergência com o governo”.
Os principais relatados entre a cardiologista é a promoção do chamado tratamento precoce, citando a cloroquina; hidroxicloroquina; ivermectina; azitromicina; zinco; e a vtamina D.
Segundo a doutora, estas medicações “já se demonstraram não ser eficazes no tratamento contra à Covid-19” e que essa é a sua posição.
Ludhmilla também relatou que “a prioridade do presidente é a questão social e a questão econômica ” e, segundo a médica, “não tem jeito de ir contra” a ciência.
Após seu encontro com Bolsonaro ter sido divulgado no domingo (14), Ludhmila passou a ser atacada por bolsonaristas nas redes sociais, por conta de declarações da médica favoráveis ao isolamento social e contra o tratamento com a cloroquinha.
A médica havia conseguido apoio de parte da classe política, de ministros de Bolsonaro, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que saiu em defesa da cardiologista.
A segunda conversa entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a médica Ludhmila Hajjar, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (15), não evoluiu e ela não tem mais chences de assumir o Ministério da Saúde.
Ludhmilla disse a interlocutores que negou o convite para assumir a pasta. As informações foram publicadas na coluna da jornalista Bela Megale, do jornal ‘O Globo’.