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Lula no SBT: “nós não podemos retroceder, nós temos é que avançar”

Kennedy entrevista Lula

O jornalista Kennedy Alencar prestou um enorme serviço ao país: entrevistar Lula.

Porque no Brasil, por incrível que pareça, ninguém na grande imprensa, em relação ao presidente mais importante do país nos últimos 50 anos, o entrevista: apenas cumpre as pautas acusatórias.

Kennedy não foge completamente a este roteiro, é verdade. Ao contrario, esmera-se em interromper, contraditar, apontar o que acha incoerente. Talvez tenha, até, receio de ficar “maldito” na mídia por não ser feroz.

Mas deixa Lula falar.

E Lula fala de maneira que as pessoas entendem, o que faz dele o terror da direita, embora nada de mau tenha feito a ela o ex-presidente.

Não fala de maneira pausada, formulando explicações. Fala o que pensa e quer ser entendido.

Lembra certa história que ouvi algumas vezes de Brizola, embora não recorde o nome dos personagens. Era a de um rei que, sob certo, ia negociar junto às muralhas onde seu povo se apinhava para ver, a rendição da cidade. Só exige que o diálogo seja na língua dos atacantes, não na sua e dos que se penduravam nos muros para entender o que se passava.

Lula, falando, é um “perigo”. Por isso é preciso calá-lo. Ou, pelo menos, tirar-lhe o equilíbrio.

E o que se viu, ontem, foi um Lula absolutamente calmo, ciente que o clima de histeria só serve à direita.

Até o “não tenho medo de ser preso”, que virou manchete dos jornais, é apenas uma passagem casual.

Muito mais importante é o que diz – aliás, repete – no final da entrevista: “nós não podemos retroceder, nós temos é que avançar”.

Assista à entrevista, em  duas partes.

Parte 1

Parte 2

 

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