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Lula sobe o tom contra a manipulação dos fatos

Propaganda nazista.

Na posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC paulista, nesse mês de julho de 2015, o ex-presidente Lula falou pouco, mas falou grosso.

Disse que está “de saco cheio” do que estão fazendo em matéria “de perseguição e criminalização que fazem às esquerdas desse país” e comparou o noticiário de televisão ao que se fez na Alemanha, antes da 2a. Guerra: “parece os nazistas criminalizando o povo judeu”.

Lula atribuiu este comportamento à reação de “pessoas que se diziam democráticas e que não aceitaram até agora o resultado da eleição”.

“Sei que é difícil para parte da elite brasileira aceitar certas coisas”, disse, porque “tudo que é conquista social incomoda uma elite perversa”.

-Eles não conseguem suportar o fato de que, em 12 anos, um presidente que tem apenas o diploma primário colocou mais estudantes nas universidades do que eles colocaram em um século.

Que esse presidente colocou três vezes e meia, mais estudantes em escolas técnicas do que eles em 100 anos.

Que levou energia elétrica de graça para 15 milhões de pessoas. Que não permitiu que eles privatizassem o Banco do Brasil, a Caixa e os bancos do Espírito Santo, de Santa Catarina e do Piauí.

Que nos últimos 12 anos nós bancarizamos 70 milhões de pessoas, gente que entrou numa agência bancária pela primeira vez sem ser para pagar uma conta.

Acho que isso explica o ódio e as mentiras dessas pessoas.

O ex-presidente reconheceu as dificuldades, mas se disse seguro de uma reversão da situação: “somos um país grande, com uma enorme capacidade de recuperação e um mercado interno de 204 milhões de consumidores. Quem apostar no fracasso deste país vai quebrar a cara”.

Pois é, Lula. Foi assim na crise de 2008, quando o Governo aceitou o enfrentamento do “tsunami” com coragem. Será assim se enfrentarmos ondas menores com o mesmo discurso do inimigo?

Fernando Brito

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