Neste domingo, em plena pandemia de coronavírus, manifestantes em prol do Governo Bolsonaro foram às ruas em Brasília.
O presidente participou do ato no Palácio do Planalto.
Acompanhado de seus ministros, cumprimentou apoiadores aglomerados e elogiou a organização do evento.
“Nenhuma faixa, nenhuma bandeira que atente contra a nossa Constituição ou contra o Estado democrático de direito. O movimento está de parabéns”, afirmou o presidente.
Enquanto isso, em São Paulo, o prefeito Bruno Covas disse que, isoladamente, a capital não tem condições de decretar um lockdown.
A decisão caberá agora ao Governo de João Doria.
Com 90% de UTIs ocupadas, a saúde pode colapsar em 15 dias na cidade.
“Ainda não chegamos ao pior momento”, diz Covas. O Brasil se tornou no sábado o quarto país com mais casos de covid-19 no mundo.
Com 15.633 mortes e 233.142 casos confirmados de infectados pelo novo coronavírus, a curva da pandemia não dá sinais de arrefecimento no país.
O país enfrenta a crise sanitária com instabilidades na pasta da Saúde (perdeu dois ministros da Saúde em menos de um mês) provocadas por divergências entre seus titulares e o presidente Jair Bolsonaro.
Por enquanto, o ministério é comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello, o número dois da pasta.
Ainda não há definição sobre o terceiro nome a ser indicado pelo presidente para comandar a Saúde.
Com a bagagem de quem foi dirigente de futebol por mais de uma década, desapegado de crenças e superstições, Alexandre Kalil (PSD) diz ter perdido a fé na humanidade.
“O mundo piorou. Tá uma merda”, afirma, com o desprendimento habitual, em entrevista ao jornal EL PAÍS, evitando romantizar o impacto da crise atual nas relações humanas.
“Não vamos sair melhores dessa situação.
Ninguém se comove em ver corpo jogado em vala. Quase 1.000 famílias perdendo gente por dia e ainda tem sujeito preocupado em abrir comércio”.
Em que pese a visão pessimista, o prefeito de Belo Horizonte alimenta esperança de atravessar a pandemia de covid-19 sem que sua cidade repita as cenas dramáticas de países europeus.
“O povo belo-horizontino entendeu o recado”, explica ao comemorar a média em torno de 60% de isolamento social nos principais bairros desde o início da quarentena.
Enquanto o mandatário maior país, Jair Messias Bolsonaro faz campanha contra o isolamento e o sistema de quarentena.
A situação no Brasil ainda vai ficar mais em relação a disseminação do vírus e mortes, não será surpresa se superarmos todos os aqueles que hoje estão no topo da lista.
Cljornal com informações da Reuters e El País.