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O Rei sem trono/Por Alberto Peixoto

O Rei sem trono

“Pare um instante na vida, Análise o seu passado, Compreenderás que tudo fez, Pensando estar certo (o) Que foi sempre errado” – José Santos

A letra da música “Rei sem Trono”, de autoria de José Santos e gravada por Milionário e Zé Rico, descreve a atual situação do presidente Bolsonaro e de seus seguidores. Um rei sem trono, não manda em nada mais, não percebeu que seu (des) governo acabou e seus lacaios de estimação estão abandonando o barco. Muitos já abandonaram faz tempo.

Na última segunda feira (06/20) demitiu o Ministro Mandetta – Saúde – mas teve que revogar porque o General Walter Braga Neto – presidente de fato do Brasil – ordenou-lhe que abortasse sua atitude insana de demitir o único ministro que está mostrando ter equilibro nesta batalha contra o Covid-19.

Nos poucos países que ainda existe a figura do rei – sem generalizar – esta pessoa não passa de uma personagem decorativa, que faz parte da cultura local.

O pior é que no Brasil nem se pode dizer que faz parte da cultura local, porque este termo (cultura), atualmente passa bem longe do Palácio do Planalto.

Ao contrário de Henrique V, um dos reis mais populares da Inglaterra e que serviu como inspiração para William Shakespeare escrever a peça “The King”, o Rei Brasileiro sem trono, só inspira a chacota, a humilhação e o desprezo pelo Brasil e seu povo na esfera internacional.

Weintraub, atual Ministro da Educação do Brasil, sempre atacando a China, país que é responsável por 80% do superavit brasileiro, com insinuações de que o país asiático estaria se beneficiando, deliberadamente, da crise causada pelo Covid-19. A embaixada chinesa no Brasil divulgou um texto repudiando a atitude fútil e irresponsável do Ministro da Educação.

Os três patéticos filhos do Rei, claro que não iam perder esta oportunidade de, como sempre, dejetar suas várias “pérolas”. Eduardo Bolsonaro afirmou que toda esta crise mundial do Covid-19 é culpa da China, maior parceiro comercial do Brasil, e prosseguiu em seu discurso insignificante: “Quem assistiu Chernobyl vai entender o que ocorreu. Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. […] +1 vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas que salvaria inúmeras vidas. […] A culpa é da China e liberdade seria a solução”, retrucou Eduardo Bolsonaro.

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, condenou a publicação do deputado e reclamou um pedido de desculpas, mas o Rei sem Trono não toma nenhuma atitude digna de um estadista.

 

Alberto Peixoto, Escritor – comendadoralbert@bol.com.br

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