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Parte dos militares insatisfeitos com o governo Bolsonaro é sinalização a Lula

Lula e os militares

A crescente insatisfação dos militares com o governo Jair Bolsonaro é, ao mesmo tempo, sinalização a outros candidatos na disputa presidencial, que tem o ex-presidente Lula liderando as pesquisas isolado.

Segundo a Folha de S.Paulo ouviu de oficiais-generais em altos postos das três Forças, apesar do pouco contato entre o PT e os militares até o momento, “os eventos falariam por si e serviriam para tirar o bode de um golpe militar contra Lula em caso de vitória em outubro”, escreve o jornal, neste sábado (15).

As fontes referem-se aos seguintes fatos:

1. A determinação, por parte do Exército, do encerramento de todos os 67 exercícios militares programados para o ano.

2. O lançamento de diretrizes de segurança sanitária que vão contra o negacionismo de Bolsonaro, em particular criminalizando a divulgação de fake news.

3. A dura nota do presidente da Anvisa, almirante Antonio Barra Torres, contra insinuações de Bolsonaro sobre “interesses” escusos da agência na vacinação infantil.

O conjunto de eventos estabeleceu uma linha divisória entre o fuzuê do governo e as Forças.

Mais que isso, buscou dizer aos candidatos que, independentemente de quem vença, as Forças Armadas se manterão neutras.

Na cúpula, há o pragmatismo de que Lula é o favorito para vencer a eleição.

Todos os ouvidos lembram o que chamam de tempos de “vacas gordas” sob Lula, quando a riqueza gerada pelo seu governo permitiu o reequipamento das Forças com programas como o de submarinos, de caças e de blindados.

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