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Promotores da Lava Jato resolvem “peitar” o Supremo

Promotores da Lava Jato se tornam intocáveis

Depois do juiz  Paulo Bueno de Azevedo ter criticado, nos autos, a decisão do Ministro Dias Toffoli de conceder habeas corpus ao ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo, parece que aumentou a ousadia na esfera para judicial.

Carlos Fernando de Lima e Diogo de Mattos, promotores da República de Curitiba e bam-bam-bans da Lava Jato fazem publicar, hoje, na Folha, artigo onde debocham do Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, comparando-o à ginasta Daiane do Santos.

O motivo?

“(…)pela ginástica jurídica que motivou a decisão, verdadeiro habeas corpus duplo twist carpado, libertando o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, preso preventivamente pela Justiça Federal de São Paulo.”(…)

Aplicou um salto duplo twist carpado nas duas instâncias inferiores, os juízes naturais competentes, e nos inúmeros outros habeas corpus das pessoas “comuns” que esperam um veredito há muito mais tempo.

Uma verdadeira ginástica jurídica, digna da medalha de ouro que nossa Daiane dos Santos não conseguiu obter. Em outras palavras, criou-se o foro privilegiado para marido de senadora.

Os dois procuradores não se atreveram, claro, a falar isso quando Gilmar Mendes concedeu os famosos “habeas corpus cangurus” em favor de Daniel Dantas, na Operação Satiagraha.

Com Gilmar não se metem, não é?

Os dois não atuam no caso, transferido para a Justiça Federal paulista.

Mas são agora os “vigilantes” da Justiça.

E ainda têm a ousadia de dizer que a decisão “mina a confiança da população na Justiça criminal”

E a pretensão de afirmarem-se melhores que os outros:

“Fiquemos atentos. A Operação Lava Jato continua sendo um ponto fora da curva.”

Faltou pouco para “impitimarem” o Ministro do Supremo.

Supremo que, aliás, não tem do que reclamar, porque cansou de dar asa a cobras.

Fernando Brito

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