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SAÍDA DE CID GOMES PODE ABRIR MUDANÇAS NO MINISTÉRIO

O ministro da Educação, Cid Gomes, disse que pediu demissão em “caráter irrevogável” à presidente Dilma Rousseff porque não queria criar constrangimento à base aliada do governo;

E disse: “A minha declaração e mais do que ela, a forma como eu coloquei minha posição na Câmara cria dificuldades para a base do governo e portanto não quis criar nenhum constrangimento. Pedi demissão em caráter irrevogável”.

Cid apresentou o pedido da demissão à Dilma em uma rápida reunião no Palácio do Planalto

 

E a saída de Cid Gomes (Pros) do Ministério da Educação pode desencadear uma mudança na equipe da presidente Dilma Rousseff.

 

Ela pode acalmar o PMDB e aproximá-lo do núcleo gestor, comenta-se nos bastidores que a presidente pode fazer as seguintes alterações:

Para o lugar de Cid Gomes no MEC pode ser deslocado o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que já ocupou a pasta e no cargo atual enfrenta hostilidades da base aliada.

Para o gabinete civil pode ser deslocado o ministro da Defesa Jacques Wagner.

Um nome do PMDB, como Henrique Alves ou Eliseu Padilha, pode ser entronizado na coordenação política, substituindo o petista Pepe Vargas, também refugado como interlocutor pelo PMDB e outros aliados.

A trombada entre o ex-ministro da Educação, Cid Gomes, com a Câmara foi um limão nas relações entre os dois poderes e entre o governo e o PMDB.

Mas Dilma pode fazer uma limonada, partindo para ampla recomposição do ministério, para que ele represente efetivamente uma nova pactuação política.

O PMDB, como tem defendido o ex-presidente Lula, pode conquistar um papel mais preponderante. Goste-se dele ou não, é a “real politik”: em nosso presidencialismo parlamentarista, ninguém governa sem o PMDB”.

A jornalista Tereza Cruvinell ressalta que “sinais eloquentes de que o PMDB levará a melhor foi assimilado com o silêncio da base aliada durante sua tumultuada apresentação na Câmara e o aviso imediato do Palácio ao próprio Eduardo Cunha, presidente da Casa, de que Cid não era mais ministro”.

Mas ela faz alguns questionamentos: “A nova correlação de forças dentro da coalizão suscita, entretanto, duas perguntas: Como ficará o Pros? Terá outro ministério? E como será a convivência do PSD do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, com um PMDB mais musculoso no governo?”.

Fonte: B.247/Tereza Cruvinel/Redação.

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