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Serra virou Cunha e a moral política do país deixou de existir

Estou no aguardo do panelaço

Vejam o ridículo a que o Brasil está submetido.

Lula é réu porque uma empresa teria pago o aluguel de um guarda-móveis para conservar o acervo presidencial, o que a lei o obriga a fazer mas não provê recursos para que se faça.

José Serra é ministro e representante do Brasil no mundo mas não é réu por ter recebido, segundo dirigentes da Odebrecht, R$ 34,5 milhões (R$ 23 milhões, em dinheiro da época) como “mimo” para sua campanha presidencial em 2010.

Segundo a Folha, os delatores têm os recibos dos depósitos feitos, com a intermediação do então (e sempre) tucano Ronaldo Cezar Coelho.

Haverá manifestação coxinha na Avenida Paulista?

Boneco do Serra vestido de presidiário?

Panelas batendo?

E os Editoriais moralistas?

Embora nada disso vá acontecer, o fato é que o chanceler brasileiro traz agora a marca da cruz suíça como um alvo em sua testa.

Imagine a ironia do ministro José Serra tendo, por dever funcional, de assinar um pedido, oriundo da justiça, para que o governo suíço entregue os documentos relativos às transações feitas em seu benefício, tais como os “trusts” de Eduardo Cunha.

O tempo passa e o general Charles De Gaulle continua com razão quando disse que esse não é um país sério.

Fernando Brito (pitaco do cljornal)

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