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Tragédia em Goiânia Não foi bullying

A verdade sobre a tragédia de Goiania

Há apenas algumas horas, Jordan Campos, psicoterapeuta transpessoal clínico, iridólogo, escritor, palestrante, conferencista e músico, publicou em seu perfil pessoal na internet a sua análise sobre o temperamento e a personalidade do adolescente que atirou, na última sexta-feira, contra os seus colegas de sala de aula em Goiânia – Goiás.

No final da postagem, ele afirma que “não é um exame, avaliação ou diagnóstico psicoterapêutico“, mas de uma análise geral com base nas informações que ele obtivera até aquele momento.

A postagem viralizou rapidamente, dividindo opiniões e causando um sério debate sobre diversas temática.

Na opinião do terapeuta, a questão não gira em torno do bullying.

“Sim, um adolescente matou dois colegas de escola com uma arma de fogo. Sim, pessoas desinformadas e com a ajuda da mídia espalham que o bullying foi o motivo.

Não, não foi este o motivo. E vou aqui explicar um pouco sobre tudo isto.

Sou pai de quatro filhos, psicoterapeuta clínico de crianças, jovens e adultos e discordo completamente da “desculpa esfarrapada” desta pseudo-versão dos fatos.

Bullying é o resultado de um abuso persistente na forma de violência física ou psicológica a uma outra pessoa.

Bullying não é a piada sem graça, a ofensa solta ou uma provocação por conta do odor resultante da falta de desodorante por quatro dias, que foi exatamente o “caso” do adolescente que matou seus colegas.

O motivo pelo qual o jovem assassinou seus colegas é um conjunto de fatores na formação de sua personalidade sob responsabilidade de seus pais.

O GATILHO que deu o start em seu plano de matar pode ter surgido da provocação de seus colegas, sim.

Foi uma reação desmedida, autoritária, perversa e calculada a um conflito em que ele se viu inserido.

A falta de preparo emocional e educacional deste jovem para lidar com frustrações é o ponto alto deste simples quebra-cabeças.

Quando somos colocados frente a um conflito, ou o enfrentamos, ou fugimos ou paralisamos.

As vítimas de bullying costumam paralisar e passam anos no gerúndio do próprio verbo que identifica este problema.

Bullying é uma ressaca, um trauma no gerúndio, que vai minando as forças, destruindo a autoestima e a identidade frágil de suas vítimas.

No caso do adolescente em questão ele não teve tempo de ser vítima de bullying, ele simplesmente enfrentou a provocação de ser chamado de fedorento com base em sua formação de personalidade, filosofia de vida, exemplos e criação, reagindo.

Colegas de sala disseram que ele era adorador do nazismo, cultuava coisas satânicas e quando provocado dizia que seus pais, que são policiais, iriam matar os provocadores se ele pedisse!!!! BINGO!!!!

NÃO FOI BULLYING – Por mais espantoso que possa ser, desculpem mídia e pseudo-sábios filósofos contemporâneos – o garoto matou porque tinha na sua formação de personalidade uma espécie de autorização para fazer!

A identidade deste jovem de 14 anos estava formada em um alicerce que permitia isso.

Ele provavelmente iria fazer isso logo logo…

Na escola, com o vizinho, na briga de trânsito ou com a namorada que terminasse com ele, e isso nada tem a ver com Bullying.

A provocação foi apenas o motivo para “fazer o que já se era.”

Agora, falando do Bullying, digo sem pestanejar que o maior culpado pela sedimentação do bullying e suas prováveis repercussões não são os coleguinhas “maldosos”, e sim a FAMÍLIA de quem sofre este tipo de ação.

Se quem sofresse bullying fosse um potencial assassino a humanidade estava extinta.

Mata-se muito por traições, brigas de trânsito, desavenças de trabalho, machismo, homofobia… Mas não por Bullying.

Do contrário – é muito mais provável um suicídio, depressão, implosão.

O que faz com que alguém resista ou não a uma ação que pode virar bullying?

Simples – a capacidade do jovem em lidar com frustrações e aprender a enfrentar seus problemas e conflitos.

Esta é a maior prevenção ao bullying – aprender a vencer frustrações se submetendo a elas de forma sadia e com orientação.

Aprender a respeitar os pais e a vida.

Ter lições diárias de cidadania, direitos humanos – mas o mais importante – passar por frustrações e ter apoio dos pais, sem lamentar e encontrar culpados e sim crescer forte entendendo que neste mundo não podemos ter o controle das coisas.

Pais, ensinem seus filhos a respeitarem vocês e aos outros.

Sei que muitos de vocês estão cheio de carências, desesperados em relações funcionais fúteis, e projetando em seus filhos o amor que não tiveram de quem acham que deveriam ter.

Negligenciam assim o respeito e querem ser amados – isso contribui para fazer jovens fracos, deprimidos, ansiosos, confusos e vítimas fáceis para o bullying.

Lembrem-se: só se ama e se valoriza o que se aprende a respeitar!

Obs: Este texto foi feito com base em informações disponíveis na imprensa e pela polícia até então. Não é um exame, avaliação ou diagnóstico psicoterapêutico, e sim considerações em tese, de cunho geral de muitos anos atendendo jovens como profissional do comportamento.”

CONTEXTO COM MATÉRIA DE JORAN CAMPOS

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